Meus caros, J. Edgar, o mais recente (e polêmico) filme de Leonardo DiCaprio, dirigido por ninguém menos que Clint Eastwood, só vai estrear no Brasil em janeiro de 2012. Será das grandes novidades do verão aqui no Brasil, os norte-americanos verão mais cedo, parece-me que em novembro, sob a expectativa que uma grande campanha publicitária deve causar, o estúdio não vai brincar em serviço, afinal tem Oscar em jogo. O belo Leo viverá ninguém menos que J. Edgar Hoover, o poderosíssimo diretor do FBI durante um dos mais sombrios períodos da história americana, quando a guerra fria começava, e a mais singela suspeita de simpatia para com os comunistas gerava reações de fazer sorrir Tomás de Torquemada. Em Hollywood, vigorava o Código Hays, que impunha severas restrições ás produções cinematográficas, qualquer coisa além de singelos beijos eram censurados ainda no script, e homossexualidade simplesmente não existia! Isso nas telas, lógico, pois fora delas a humanidade era tal como ainda é hoje, lá estávamos nós, Rock Hudson, lindo como um deus se divertia como queria, mantendo as aparências, ou seja, às escondidas. Vários outros e outras também, Montgomery Clift, Marlene Dietrich, e outros. Animada a vida era, mas discreta. Imperdível, para aqueles que querem saber como funcionavas as coisas, ver o documentário The Celluloid Closet, e Deuses e Monstros, com Brendan Fraser e Ian McKellen. Está tudo lá, muito bem contado e explicado.
O curioso, e isso é que eu adoraria ver bem explicado nas telas, é que Hoover, um dos homens mais poderosos dos Estados Unidos, que comandava o esquadrão secreto do FBI, que espionava a vida alheia, tinha poder para destruir a vida de homens e mulheres – e o fez – também vivia alegremente sua homossexualidade, no submundo, claro. Como foi isso? Impossível um rumor tão forte não ser verdadeiro, há anos isso é falado, principalmente depois de sua morte. Eastwood e DiCaprio não se sujeitariam a fazer besteiras, devem estar muito bem respaldados, e ter feito um filme digno de suas reputações. DiCaprio já teve várias indicações para o Oscar, chegou perto na pele de Howard Hughes, e deve estar loco para por as mãos na estatueta dourada. Eastwood já ganhou duas vezes, mas jamais desprezaria outra! Para nós, resta esperar, e ficar assistindo aos trailers na net. Abraços do Cavalcanti.
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