Meus caros, o livro não é novidade nenhuma, o filme sim – pelo menos para mim. Comer, Rezar, e Amar já é um grande sucesso editorial há cerca de 4 anos, o filme está em cartaz aqui no Brasil há duas semanas, e o público só faz crescer. A propaganda boca a boca o está mantendo como um dos grande sucessos de bilheteria da temporada, e eu finalmente fui verificar a razão. Resultado: adorei. Mais um fã. Trata-se da história de uma norte-americana chamada Elizabeth Gilbert, que, aos 30 anos de idade, tinha tudo o que a sociedade prescreve como receita para a felicidade, a começar por um casamento que ela mesma acreditava ser feliz e para sempre. Acreditava, mas acabou! E ela foi se refugiar nos braços de um jovem ator vivido por James Franco, também por pouco tempo, pois o romance não decola. Imaginem vocês, deixar a cama de um homem daqueles, e insatisfeita! A receita para sair de uma crise dessas precisa ser realmente radical. Sentido-se perdida, ela parte em uma viagem sabática de um ano em busca de si mesma, visitando primeiro Roma, depois a Índia, e, por fim, a paradisíaca Bali. Não vou contar o filme, embora diversos sites o tenham feito. Basta dizer que ela come maravilhosamente na Itália, passa por experiências espirituais, no mínimo complexas, na Índia, e, por fim, encontra seu grande amor em Bali – um brasileiro!
A temática não é revolucionária, vários filmes já mostraram gente em experiências desse tipo, e a autora nem imaginava que o livro fosse um sucesso tão grande, mas foi. Autoajuda desse nível tem um enorme público no mundo inteiro, isso pois o que não falta é gente perdida por aí. Não foi por outra razão que um dos deuses de Hollywood, Brad Pitt, assumiu a coprodução, informação que você só vai receber nos letreiros finais, e escalou Julia Roberts para o papel título, com direito a James Franco e Javier Barden como coadjuvantes. Não é pouca coisa, eles estavam de fato levando a questão a sério. E ainda bem que o fizeram, pois o filme ficou lindíssimo, a fotografia é maravilhosa, e todos os personagens estão muito bem. Verdade seja dita, Bardem fala português com um sotaque terrível, mas isso só nós brasileiros sabemos. Quando ele surge, a música de Tom Jobim enche a sala, e tudo fica lindo! Não é cinema de arte, nem se propõe a isso, mas é uma aula de vida que muita gente precisa ter. Se encontrarem cada qual sua palavra, um caminho espiritual, e o amor de suas vidas, terá sido uma receita de vida perfeita – vejam o filme e leiam o livro para entender. O final de semana está aí para isso. Abraços do Cavalcanti.
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