Lewandowski pede condenação de Henrique Pizzolato

Foto Agência Brasil

Na exposição do seu voto na sessão do julgamento do mensalão desta quarta-feira, 22, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo, fez coro com o relator Joaquim Barbosa, e pediu a condenação de Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil pelo crime de corrupção passiva. Segundo Lewandowski, o réu recebeu R$ 326 mil por favorecer à agência DNA Propaganda, de Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz.

O favorecimento se deu por meio de quatro antecipações de pagamentos do fundo Visanet para a DNA, “para ficar mais preciso, três foram assinadas pelo próprio réu”, afirmou ele.  O ministro disse também que não houve qualquer controle sobre os serviços que a DNA iria prestar e que as notas emitidas pelos supostos serviços eram falsas, o que foi comprovado por perícia. “A total balburdia reinava nesta área do Banco do Brasil”, disse Lewandowski.

O ministro também desconstruiu a tese da defesa de Pizzolato de que o ex-diretor de Marketing teria apenas feito um favor a Marcos Valério, pedindo a um funcionário da Previ – fundo de pensão do Banco do Brasil – para receber o pacote com o dinheiro e repassar ao PT. De acordo com a defesa, Henrique Pizzolato não conhecia o conteúdo do pacote.

“Apesar de Pizzolato ter negado o recebimento do dinheiro, afirmando que não tinha conhecimento do conteúdo do envelope, que havia feito ‘um favor’ ao corréu Marcos Valério e que posteriormente repassou a encomenda para uma pessoa não identificada, sua versão não condiz com o que diz dos autos”, disse Lewandowski. “Eu concluo que a materialidade do delito está comprovada.”


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