Luto no mundo da bola. No último domingo, dia 15 de abril, o meio-campista Piermario Morosini, do Livorno, sofreu um ataque cardíaco dentro de campo quando sua equipe enfrentava o Pescara pelo campeonato nacional da segunda divisão. Morosini, que tinha apenas 25 anos de idade, recebeu atendimento médico ainda no gramado, mas não resistiu e chegou no hospital já sem vida.
Se o fato isolado da morte do jogador já é uma grande tragédia, sua história de vida e de superação aumenta ainda mais o tamanho da perda. Sua mãe morreu em 2001, seu pai logo em seguida, em 2003, deixando o então menino de 15 anos de idade e seus dois irmãos, Francesco e Carla Maria, ambos deficientes mentais, órfãos. Pouco tempo depois, Francesco se suicidou.
Após a morte de Piermario Morosini, seu ex-companheiro Di Natale, camisa 10 da Udinese, camisa 10 da seleção italiana na Copa do Mundo de 2010 e camisa 10 na vida, já pediu oficialmente a guarda legal de Carla Maria, de quem prometeu cuidar para o resto da vida. “Farei tudo o que for possível para ajudar a irmã dele. Vou disputar os últimos seis jogos do Campeonato Italiano por ele.”, anunciou muito emocionado e abalado. Di Natale é também o presidente da Associação dos Jogadores Profissionais da Itália e já fez um apelo para que seus companheiros se solidarizem com a causa. O Atalanta, clube pelo qual Morosini iniciou sua carreira, e o Udinese, que detinha os direitos do jogador (ele estava no Livorno por empréstimo), vieram a público e se prontificaram a pagar, de forma vitalícia, todas as despesas médicas de Carla Maria.
O Livorno e o Vicenzo, dois times que Morosini defendeu, anunciaram que a camisa de seu ex-atleta, a número 25, está, a partir de agora, aposentada e não vai mais poder ser vestida por ninguém para sempre.
Di Natale revelou que, possivelmente, deve largar o futebol após os seis últimos jogos dessa temporada.
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