Meus caros, dia 17 de novembro fez 451 anos que a Rainha Elizabeth – a primeira, foi coroada. Vocês tinham esquecido? Ingratos. Foi uma das mulheres mais importantes da história, transformou aquela ilhota, pouco maior que o estado de São Paulo, em um império onde o sol nunca se punha, tornou-se poderosa, protegeu artistas e escritores, entre eles ninguém menos que Shakespeare. Pena que ela não tenha usufruído muito, pois, reza a lenda, morreu virgem. Os historiadores dizem que ela teve romance com dois piratas, Sir Francis Drake e Sir Walter Raleigh, e deve ter gostado bastante, pois deu títulos de nobreza a ambos. É verdade que o fato de eles terem roubado alguns navios espanhóis ajudou.
Faz tempo que eu devo algumas linhas à outra Rainha Elizabeth, a segunda, que chamei de fofa ontem, pois ela também é bárbara. Poucos países mudaram tanto desde que um monarca assumiu, como a Grã-Bretanha, desde 1952. O Império Britânico acabou depois da segunda guerra, e, não fosse a Comunidade Europeia, eles teriam desaparecido do mapa. Quando as coisas ficaram negras novamente, no final dos anos 1970, a economia falindo, eles encontraram duas outras mulheres notáveis: a eterna madrasta Margareth Thatcher, e a linda Princesa Diana, e pronto! Em 10 anos a ilha estava badalada novamente. Thatcher caiu em 1990, e Diana morreu em 1997, não sem antes deixar dois príncipes deliciosos, para gáudio de todos nós.
Por que estou falando tanto de Lilibeth (apelido da fofa)? Pois lá, onde ela é rainha, o exército não apenas nos aceita, como faz campanhas para atrair mais gays, reconhecendo sua dedicação e capacidade. A lei ainda não permite casamento, mas permite uma extensa união civil, além da adoção de crianças. A legislação anti-homofobia é severa, e a polícia inglesa recebe treinamentos elaborados por entidades gays. O próprio Cônsul Geral da Inglaterra no Rio de Janeiro, Tim Flear, é assumidamente gay. Querem mais? Recentemente, dois pastores gays, da igreja anglicana, da qual a Rainha é guardiã constitucional, assinaram o pacto de união civil, e receberam a benção numa igreja. Tudo isso aconteceu, homens se beijaram na boca, na rua e nas igrejas, e o mundo não caiu! Queridos, para mim, Lilibeth 2010! Mando ainda o príncipe Harry, em trajes não oficiais, para diversão de vocês.
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