BARTHES NA TERRA DE MAO
Semiólogo, ensaísta e crítico literário, Roland Barthes tem parte expressiva de sua obra resgatada no Brasil, em uma primorosa coleção, dirigida e organizada pela crítica literária Leyla Perrone-Moisés. A série chega ao vigésimo título com Cadernos de Viagem à China, que compila impressões sobre a visita feita por Barthes, de três semanas, à terra de Mao Tsé-Tung, em 1974. Seis anos depois, o autor morreu tragicamente, aos 64 anos, vitimado por um atropelamento, em Paris. Cadernos de Viagem à China, Roland Barthes, WMF Martins Fontes, 272 páginas

BEBOP, CORTÁZAR E MUÑOZ
Em 1983, Julio Cortázar admitiu: “Tento escrever meus contos um pouco como o músico de jazz enfrenta um take, com a mesma espontaneidade e improvisação”. Em 1959, em busca de novas possibilidades narrativas, ele encontrou na figura errante do pai do bebop, o saxofonista Charlie Parker, morto quatro anos antes, inspiração para seu clássico conto O Perseguidor. Com a tradução de 1979, do poeta Sebastião Uchoa Leite, acrescida de 22 instigantes ilustrações do argentino José Muñoz, a obra acaba de ser reeditada. O Perseguidor, Julio Cortázar, Cosac Naify, 96 páginas

MPB SEGUNDO TINHORÃO
Quando foi lançado em 1966, Música Popular: um Tema em Debate caiu como bomba. Tinhorão chegou defendendo métodos marxistas de pesquisa, valorizando as origens populares da nossa música e condenando estrangeirismos. Não poupou as guitarras da jovem-guarda e nem mesmo o maestro Tom Jobim de suas ácidas críticas. Ufanismos à parte, o livro é a obra inaugural de uma carreira controversa, mas essencial até mesmo pelos inflamados questionamentos que sempre suscitou. Música Popular: um Tema em Debate, José Ramos Tinhorão, Editora 34, 208 páginas


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