STEVENSON PARA MAIORES

Autor da célebre narrativa juvenil A Ilha do Tesouro, Robert Louis Stevenson foi muito mais que um ficcionista de aventuras, como revela a coletânea de contos O Clube do Suicídio. Cultuado por gigantes, como Joseph Conrad e Jorge Luis Borges, que dizia amá-lo como a um amigo, o criador de O Estranho Caso de Dr. Jekylle Mr. Hyde, incluído na compilação, foi um severo oponente do naturalismo. O livro ainda traz ensaios de peso, assinados por Vladmir Nabokov e Henry James. O Clube do Suicídio, Robert Louis Stevenson, Cosac Naify, 448 páginas

PROFISSÃO CRONISTA

Em 2005, o jornalista Humberto Werneck decidiu tirar da gaveta e publicar Pequenos Fantasmas, compilação de contos escrita por ele em 1965. Em 2010, Werneck enveredou por nova seara com o livro de crônicas infanto-juvenis, O Espalhador de Passarinhos & Outras Crônicas. Recém-lançado, Esse Inferno Vai Acabarcompila 44 crônicas publicadas nos jornais Brasil Econômicoe O Estado de S. Paulo, onde assina uma deliciosa coluna semanal aos domingos. Esse Inferno Vai Acabar, Humberto Werneck, Arquipélago Editorial, 192 páginas

SOLIDARIEDADE

Aracy de Carvalho foi a segunda e última esposa de João Guimarães Rosa. Conheceram-se na Alemanha, em 1938, quando trabalhavam para o consulado brasileiro em Hamburgo, ocasião em que Vargas, aliado ao III Reich, proibiu a imigração de judeus. Aracy interveio em vários processos, permitindo o refúgio de dezenas de famílias no Brasil. História de coragem e solidariedade que acaba de ganhar importante registro. Justa – Aracy de Carvalho e o resgate dos judeus: trocando a Alemanha nazista pelo Brasil, Mônica Raisa Schpun, Civilização Brasileira, 518 páginas

GÊNESE DA CANÇÃO

José Ramos Tinhorão, a pena mais amada e odiada da crítica musical brasileira, volta às livrarias em As Origens da Canção Urbana. Investiga a música popular mundial e seu produto mais disseminado, a canção, para defender que o gênero nasceu no século XVIII, em Portugal, por influência do brasileiro Domingos Caldas Barbosa que apresentava modinhas para a corte. Polêmico, como sempre, Tinhorão diverge de outros historiadores que atribuem a façanha aos franceses e aos italianos. As Origens da Canção Urbana, José Ramos Tinhorão, Editora 34, 224 páginas

ANARQUISMO TROPICAL

Na transição do século XIX para o XX, o Futurismo e o Dadaísmo europeu foram decisivos para a construção do Modernismo brasileiro. Nesse mesmo período – influência dos italianos que aqui chegavam -, nossa jovem República também testemunhou a ascensão do pensamento anarquista. Lançado em 1985, Contos Anarquistasvolta às livrarias e compila grandes autores do período, como Gigi Damiani, Fábio Luz e Neno Vasco. Contos Anarquistas, organização Antonio Arnoni Prado, Francisco Foot Hardman, Claudia Baeta Leal, Martins Fontes, 340 páginas

ARTE NA COZINHA

Artista gráfico dos mais consagrados, desde os anos 1970, quando foi diretor de arte da Vogue Brasil, João Baptista da Costa Aguiar esteve à frente do projeto de criação da identidade visual da Cia. Das Letras. É dele a logomarca da editora na qual ainda atua regularmente como capista. Em Senhor Prendado, Aguiar revela a faceta de gourmet e apresenta 112 receitas simples, ilustradas com mais de 800 fotos, publicadas no blog de mesmo nome desde 2006. Senhor Prendado: um homem que se diverte na cozinha, João Baptista da Costa Aguiar, Leya, 400 páginas


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