Luz, câmera, meio ambiente, ação!

Com uma forte “pegada” ambiental e a presença de boas produções nacionais e estrangeiras, começou nesta sexta-feira (6) o 6º Amazonas Film Festival, em Manaus. O festival que caminha para a maturidade vai, aos poucos, se consolidando no cenário nacional e internacional como uma oportunidade de exibição de filmes fora do circuito comercial.

Ao todo, a mostra terá mais de 200 exibições de filmes em Manaus e no interior do Amazonas. Além das salas de cinema, lugares inusitados como manicômios, hospitais e até paradas de ônibus serão utilizados como locais de exibição. A ideia, segundo o secretário de Cultura do Amazonas (o governo é o principal patrocinador do evento) é “democratizar” o acesso aos filmes .

Neste ano, os filmes em exibição concorrerão em cinco mostras competitivas: Internacional de documentários, de filmes de aventura, curtas-metragem 35 mm (Brasil), curtas-metragem digital (Brasil) e curtas-metragem digital Amazonas.

O lado ambiental do festival fica por conta da mostra competitiva de documentários. Dos nove filmes em disputa, oito abordam desastres ambientais e conflitos entre o ser humano e a natureza. São filmes como o aclamado Lost Gorillas of Virunga, uma produção norte-americana dirigida por Michael Davie que investiga a morte de seis gorilas assassinados à queima-roupa no Parque Nacional do Virunga, no Congo.

Outro documentário que promete chamar a atenção pela engenhosidade do roteiro é A Árvore da Música, do brasileiro Otávio Juliano. Com muita delicadeza, o documentário faz um “link” entre a música clássica e a proteção ao meio ambiente, mostrando que o futuro da primeira depende da preservação de uma espécie de árvore utilizada para a fabricação de arcos de violino e outros instrumentos.

Como em todo festival, não podem faltar atores e diretores famosos. Neste ano, o presidente de honra do festival é o diretor brasileiro Carlos Manga. O ator Milton Gonçalves também é um dos convidados de honra do evento, que deverá contar com a presença de produtores e diretores de todo o Brasil e do mundo.

A participação estrangeira, principalmente fora do eixo Europa-Estados Unidos, também chama atenção. Nas mostras competitivas de longa-metragem de aventura há produções chinesas, iranianas, brasileiras, iraquianas e até do Cazaquistão. Aliás, é do Iraque uma das películas que promete chocar o público em Manaus. Trata-se do Whisper with the Wind, produção patrocinada pelo governo do Curdistão que conta a história do carteiro Mam Baldar, enviado para um vale onde se planeja o genocídio contra os curdos, minoria iraquiana destroçada pela máquina de guerra de Saddam Hussein.

As produções brasileiras também estão em bom número e prometem qualidade, mas isso é assunto para mais tarde.

Site oficial do 6º Amazonas Film Festival: www.amazonasfilmfestival.com.br


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