Meus caros, depois das sandálias havaianas, da caipirinha e dos aviões da Embraer, mais um produto brasileiro invade o exterior, fazendo um sucesso que nos enche de orgulho: as grandes festas da The Week, que são rotina em São Paulo e Rio de Janeiro. Em Florianópolis só abrem no verão, mas é a casa noturna mais linda do mundo – noturna até que o sol nasce, e então o espetáculo do sol nascendo sobre o mar, enquanto você dança na pista montada entre a Lagoa da Conceição e a Praia Mole, transforma qualquer festa em um espetáculo digno de Andrew Lloyd Webber. São únicos, e, por conta disso, tiveram as portas do circuito mundial abertas. Falo de Barcelona, Londres, Paris, Buenos Aires, e Cidade do México, sendo que no balneário espanhol já estiveram por três anos seguidos. Eles ardem, no circuito Elizabeth Arden. Em 2011, começarão por Londres, onde, no próximo sábado, dia 29, lotam o velho Coronet Theatre, lindo estabelecimento, vintage, cultuado pelos súditos de Sua Majestade. O segredo desse sucesso? Repetir lá fora aquilo que fazem todas as semanas no Brasil: festas maravilhosas, marcadas por um profissionalismo ímpar. Os DJs daqui já são parte da cena internacional, fica difícil trazer novidades, quando os grandes lá de fora já vieram todos para cá. Tony Moram, Offer Nissin, Peter Rauhofer, Chis Cox, basta um Google neles, e vocês entenderão do que estou falando.
A temática GLS já caiu para segundo plano, pois os héteros descobriram que os gays se divertem muito mais do que eles, e o público atual, em todas as casas, é absolutamente misturado. Grandes clubes como os nossos já não existem mais lá fora. Esqueçam Nova York, o velho Roxy não chegava aos pés, só tinha o mesmo tamanho, já fechou, o Splash inteiro caberia aqui na recepção, e as outras quatro referência mundiais, com as quais a The Week compete já há dois anos como melhor do mundo, são fenômenos locais, não se espalham mundo afora, suas fórmulas não contagiam.
A cada sábado, um número maior de estrangeiros os visita, e é divertido acompanhar as conversas dos gringos na fila do táxi, pois vemos que agora podemos economizar nas passagens aéreas, eles é que vêm para cá. Esse carnaval não tem data determinada, acontece o ano inteiro. Sorte a nossa. Abraços do Cavalcanti.
Deixe um comentário