Poucos dias após o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciar que vai oferecer emprego aos cubanos que eventualmente desistirem do Mais Médicos, o programa do governo federal registrou o segundo caso de deserção. O médico cubano Ortelio Jaime Guerra, que atendia na cidade paulista de Pariquera-Açu, informou nesta segunda-feira, (10) em rede social, que já estaria nos Estados Unidos. Na terça-feira passada, a cubana Ramona Matos Rodríguez pediu abrigo na liderança do DEM depois de abandonar a cidade de Pacajá, no Pará.
O CFM, entidade que mais combateu a implementação do Mais Médicos, segue a mesma linha da Associação Médica Brasileira (AMB), que ofereceu um emprego na área administrativa a Ramona Rodríguez. Neste domingo, as duas entidades e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) divulgaram uma nota conjunta para repudiar as “agressões aos direitos humanos, individuais e trabalhistas” supostamente sofridas pelos profissionais do Mais Médicos. Além disso, o CFM disse que pretende acionar a rede de 400 mil médicos brasileiros para que ofereçam emprego a cubanos desertores.
O barulho todo não incomodou presidenta Dilma Rousseff, que disse, na noite desta segunda, que o Mais Médicos se consagrou entre grande parte da sociedade brasileira. “Já se consagrou em grandes camadas da população. Com o Mais Médicos, nós garantimos a presença de mais 6,6 mil médicos em mais de 2,1 mil municípios, beneficiando quase 23 milhões de brasileiros. Até março, abril vão ser 13 mil médicos com mais de 45 milhões de pessoas beneficiadas”, afirmou ela em cerimônia de comemoração dos 34 anos de fundação do PT.
Dilma disse ainda que as críticas ao programa vêm de setores específicos que tentam desacreditar o programa. “[O Mais Médicos] sofreu e ainda sofre o descrédito e a resistência organizado por alguns segmentos que nós conhecemos”.
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