Os protestos contra o filme que satiriza o profeta Maomé e o islamismo se propagam pelo Oriente Médio. Apenas nesta sexta-feira, 14, foram registradas manifestações violentas em frente a várias embaixadas estrangeiras, além das dos Estados Unidos, como as representações diplomáticas da Alemanha e do Reino Unido, no Sudão. Os protestos se espalham pelo Sudão, Líbano, Egito e Iêmen. Até quinta-feira, dia 13, apenas embaixadas norte-americanas foram atacadas.
Pelo menos uma pessoa morreu hoje, em Trípoli, na Líbia. No Líbano, um restaurante da cadeia americana KFC foi incendiado. No Sudão, manifestantes conseguiram iniciar um incêndio na embaixada dos Estados Unidos, retirar a bandeira norte-americana e hastear no lugar a muçulmana.
No Cairo, no Egito, cinco pessoas ficaram feridas em um protesto em frente à embaixada dos Estados Unidos. A polícia disparou gás lacrimogêneo contra cerca de 500 pessoas. As ruas no entorno da representação diplomática foram bloqueadas com arame farpado, barricadas de concreto e veículos policiais.
A Irmandade Muçulmana, grupo ao qual pertence o presidente do Egito, Mohammed Morsi, disse que pretende organizar protestos em mesquitas, mas longe da Embaixada americana. Em viagem à Itália, Morsi disse que seu governo procurará garantir a segurança de todas as embaixadas estrangeiras no Egito. Ele também disse que o filme é “inaceitável”.
A onda de ataques se agravou no começo desta semana após o ataque ao Consulado dos Estados Unidos, em Benghazi, na Líbia que provocou as mortes do embaixador norte-americano Chris Stevens e de mais três funcionários da representação diplomática. O prédio do consulado foi destruído e incendiado por manifestantes.
Agência Brasil
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