Na manhã desta sexta-feira, 19 de dezembro, a “perigosíssima” jovem Caroline Pivetta de Motta foi libertada. Motta foi presa após participar do ataque de pichadores à Bienal de São Paulo, em 26 de outubro deste ano.
As aspas usadas no adjetivo referente à Caroline evidenciam a ironia. Não que o ato de pichar um patrimônio público não mereça uma punição, muito pelo contrario, é um ato deplorável e merece ser repreendido. Mas, dois meses de prisão parece ser um pouco rígido demais. Talvez, se a lei fosse aplicada com o mesmo rigor em outros casos, hoje os brasileiros viveriam em um país melhor e mais justo. Não é preciso dar nome aos bois.
Talvez se o governo disponibilizasse mais recursos e condições para esses jovens pichadores, que encontram nesse ato um meio de se expressar, hoje eles poderiam ser artistas plásticos ou simplesmente estar fazendo o grafite que, diferente da pichação, é uma forma de arte, quando regularizado.
Daqui a pouco as crianças vão começar a ser presas nas escolas por rabiscarem em suas mesas. Mãos ao alto Mariazinha, a justiça está sendo feita!
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