Malala Yousafzai se torna pessoa mais jovem a vencer Prêmio Nobel

Malala Yousafzai. Foto: Claude Truong-Ngoc/Wekemedia commons
Malala Yousafzai. Foto: Claude Truong-Ngoc/Wekemedia commons

A paquistanesa Malala Yousafzai, de 17 anos, e o indiano Kailash Satyarthi venceram o Prêmio Nobel da Paz, anunciou no início da tarde nesta sexta-feira (10) a Academia Sueca. Malala ganhou o prêmio “pela sua luta contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos à educação”, segundo o comitê da entidade, enquanto indiano foi premiado por sua dedicação contra o trabalho infantil.

A ativista paquistanesa era a mais jovem entre os favoritos a receber o prêmio. Ela vai dividir os US$ 1.1 milhão de dólares da Academia com Satyarthi, de 60 anos.

“O Comitê Nobel considera como um ponto importante para um hindu e um muçulmano, um indiano e uma paquistanesa, participarem da luta pela educação e contra o extremismo”, disse o presidente do comitê, Thorbjoern Jagland.

Malala, de 17 anos, tornou-se um símbolo reconhecido internacionalmente de resistência aos esforços dos talibãs em negar educação e outros direitos às mulheres em 2012, quando sobreviveu a uma tentativa de assassinato por sua militância. Ela é a mais jovem ganhadora do Nobel, superando o cientista australiano-britânico Lawrence Bragg, que dividiu o Prêmio de Física com o pai, em 1915, aos 25 anos.

Em sua conta no microblog Twitter, Malala disse: “Obrigada por todo apoio e amor”. Em seguida, concedeu uma entrevista coletiva em Birmingham, na Inglaterra, onde comemorou o fato de ser a primeira paquistanesa a vencer o prêmio. Estou orgulhosa do meu feito, tanto por ser do Paquistão como por ser a pessoa mais jovem a vencê-lo”, disse.

“As crianças precisam ir para a escola e não serem exploradas financeiramente. Nos países pobres do mundo, 60% da população atual tem menos de 25 anos. É prerrequisito para um desenvolvimento global pacífico que os direitos das crianças sejam respeitados”, afirmou Thorbjoern Jagland.

Kailash Satyarthi também comemorou a premiação, em entrevista a um canal de televisão indiano. “Se, com meus humildes esforços, as vozes de dezenas de pessoas no mundo que vivem na servidão serem ouvidas, já é o suficiente”, falou.


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