Na tarde dessa segunda-feira, dia 26 de março, A Federação Paulista de Futebol anunciou oficialmente o afastamento por tempo indeterminado das duas principais torcidas uniformizadas de Corinthians e Palmeiras, a Gaviões da Fiel e a Mancha Alviverde.
A decisão foi motivada pelo trágico confronto que acabou com um palmeirense baleado e morto na manhã do último domingo, poucas horas antes do clássico. Testemunhas afirmam que eram aproximadamente 500 membro de cada uma das torcidas e todos altamente armados com pedaços de pau, barras de ferro e até armas de fogo. O “campo de batalha” foi a Avenida Inajar de Souza, na Região Norte de São Paulo, muito longe do estádio do Pacaembu, local da partida.
Quem costuma frequentar estádios sabe que as violentas brigas que assustam famílias e torcedores do bem, hoje raramente acontecem nos arredores das arenas. Os vândalos travestidos de torcedores costumam marcar os encontros pela Internet algumas horas antes do jogo e, normalmente, em estações de metrô, longe da fiscalização policial. E não apenas as torcidas organizadas de palmeiras e Corinthians. A patética decisão da FPF atendendo solicitação da delegada Margarette Barreto, do Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), soa mais como um castigo de mãe a seu filho inconsequente: “Você vai pensar um pouco sobre o que fez…”. Mas, seguramente, a proibição não irá resolver o problema da violência no futebol. Enquanto autoridades e polícia não separarem torcedores de criminosos, e passarem realmente e punir os criminosos, nosso futebol nunca estará livre.
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