Começaram pela manhã de hoje (11) as manifestações, paralisações e greve em todo o Brasil. Os protagonistas são os trabalhadores, convocados por cinco centrais sindicais – Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e União Geral dos Trabalhadores (UGT) – mas deve juntar também alguns movimentos sociais. Em São Paulo, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e movimentos ligados a questão de moradia devem participar.
As principais reivindicações são pelo fim do fator previdenciário, pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, pela aceleração da reforma agrária e pela aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação e de 10% do Orçamento da União para a saúde.
Metalúrgicos e trabalhadores da construção civil, bem como operários de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), devem aderir totalmente ao movimento. Outras categorias devem parar parcialmente, como bancários e funcionários da área de telefonia.
Em São Paulo, por exemplo, houve fechamento parcial da Marginal Tietê, das avenidas do Estado, da Jacu-Pêssego e da Radial Leste, e das rodovias Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castello Branco, Raposo Tavares, Fernão Dias, Dutra e Mogi-Bertioga. Está previsto também um grande ato na Avenida Paulista. No centro do Rio de Janeiro, a concentração será na Candelária, a partir das 15h. Em Minas Gerais, trabalhadores da educação, saúde e os eletricitários devem paralisar as atividades.Na capital federal, trabalhadores vão se concentrar às 15h no Museu da República.
“A nossa mobilização é no sentido de pressionar, tanto o Legislativo quanto o Executivo, para que nossas pautas históricas, que estão há muito tempo nos dois Poderes, possam avançar”, explicou Carmem Foro, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) à Agência Brasil. Zé Maria de Almeida, da CSP-Conlutas, destacou a continuidade das manifestações, que começaram em junho. “O protesto vai ser muito forte. Vamos ter greves em centros grandes. Depois das mobilizações de rua que pararam o país, entram as entidades organizadas”.
De acordo com o presidente da Força Sindical, Paulinho da Força, a intenção dos organizadores não é apenas serem recebidos pela presidenta Dilma Rousseff. “Esperamos que a presidenta atenda às reivindicações. Ela precisa atender, ela já sentou para conversar com a gente três vezes e não resolveu nada. Se ela não atender, vamos continuar nos mobilizando”.
Com a Agência Brasil.
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