Nesta terça-feira, Mantega recebeu o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurria, que apresentou um relatório sobre a economia brasileira. No relatório, a OCDE recomenda mais clareza sobre a condução da política fiscal do país.
Em entrevista à imprensa, Mantega acrescentou que nunca houve “manobra fiscal” para fechar as contas públicas. “Foi tudo dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Lei Orçamentária”, disse. Ele acrescentou que, no ano passado, havia dificuldade de fechar as contas e foram vendidos títulos do Fundo Soberano.
Segundo o ministro, algumas operações são difíceis de entender por “não especialistas”. Mas Mantega acrescentou que o governo vai evitar fazer essas operações novamente.
O ministro também argumentou que as despesas do Brasil com a Previdência, com pessoal e com juros estão caindo. “Portanto, podemos dizer que temos um comportamento fiscal inquestionável”, reforçou.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve receber, este ano, empréstimo do governo de R$ 20 bilhões, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Em junho deste ano, o Tesouro Nacional injetou R$ 15 bilhões em títulos públicos para reforçar o capital do BNDES.
“Para terminar o ano, o BNDES precisa de algo em torno de R$ 20 bilhões. E com isso vai terminar o ano”, disse hoje (22) Mantega, em entrevista coletiva.
Mantega acrescentou que o BNDES recebe “cada vez menos recursos” públicos. Segundo ele, o governo quer maior participação do setor privado nos investimentos no país, para reduzir a participação de bancos públicos.
O ministro defendeu a maior atuação dos bancos públicos nos anos de crise econômica internacional. “Isso foi necessário porque o setor privado se encolheu”, disse.
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