Maradona 2010!

Em julho de 2006, Dunga aceitou o cargo de técnico da seleção brasileira de futebol. Passados dois anos, um título de Copa América, em 2007, a vice-liderança nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2010 e críticas de todos os lados, o ex-jogador segue muito questionado. Na verdade, tanto os formadores de opinião como a torcida brasileira não engolem o fato de Dunga iniciar a carreira exatamente no posto que é o objetivo final na vida de um treinador de futebol. Sem experiência, ele já está lá, mas é incerto que vá até a África do Sul. O tempo dirá.
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Para os lados do sul do continente, nossos hermanos estão sem comando desde o último dia 16. Depois de derrota inédita para o Chile (1 a 0) em eliminatórias de Copas do Mundo, em Santiago, um ultrapassado Alfio Basile pediu demissão. Na terceira colocação das eliminatórias, com 16 pontos, os argentinos já enxergam os próprios chilenos, também com 16 pontos e na 4º posição, no retrovisor. A próxima rodada da seletiva para o Mundial da África, no entanto, será somente em março de 2009, o que dá tempo para a escolha do novo técnico.

Nomes não faltam. Carlos Bianchi, ultra-vencedor com o Boca Juniors no começo da década, é sempre lembrado em épocas de cargo vago na seleção, apesar de dizer reiteradas vezes que está aposentado e de não se dar bem com o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona. O ex-carniceiro Diego Simeone, que iniciou carreira de entrenador com sucesso no Estudiantes e atualmente está no River Plate, é outro cogitado. Além deles, Miguel Angel Russo (San Lorenzo) e Sergio Batista, técnico campeão olímpico em Pequim, são fortes candidatos.

Mas, em se tratando de futebol na Argentina, sempre há Diego Maradona. Logo depois do anúncio da demissão de Basile, o Deus do futebol na terra do tango colocou-se como candidato ao cargo. Foi humilde, afirmando que dividiria a função com outro técnico. El pibe de Oro disse que espera até o próximo dia 30, data de seu aniversário de 48 anos, por um final feliz.

No entanto, parece que os argentinos não se convenceram com o pedido do camisa 10. Em pesquisa realizada pelo site do principal jornal do país, o Clarín, Maradona contou com apoio de apenas 12,2% para assumir a seleção. Bianchi foi o preferido, com 48,2%, seguido de Batista (17,8%) e Simeone (15,1%). Miguel Angel Russo ficou em último colocado na preferência dos hermanos, com 6,7%. Veja o resultado aqui.

Parece que o povo argentino conhece a face de técnico do polêmico e venerado ex-craque dos gramados. Sim, Maradona já sentou no banco e exerceu o cargo em sua vida. E por duas vezes. Com a suspensão de 15 meses por causa de doping durante a Copa do Mundo de 1994, o pibe ficou impossibilitado de jogar futebol. No entanto, não de exercer a função de treinador.

Assim, lá foi ele dirigir o modesto Deportivo Mandiyú. Ao lado de Carlos Fren, Maradona estreou no dia 9 de outubro de 94, com derrota por 2 a 1 para o Rosario Central. A experiência durou pouco menos de dois meses e o saldo foi pífio: 12 partidas, cinco derrotas, seis empates e apenas uma vitória. Mas, Maradona é Maradona e, como não podia jogar até setembro de 1995, aventurou-se a uma nova empreitada no banco de reservas. No tradicional Racing Club, novamente ao lado de Fren, o ex-craque ficou quatro meses. Em 11 jogos, três derrotas, seis empates e duas vitórias.

Os argentinos sabem que Maradona é melhor que Pelé. Só dentro de campo. Nós, aqui na Brasileiros, já iniciamos a campanha “Maradona 2010” para a Argentina. Com todo respeito, hermanos.

Veja Maradona de técnico:



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