Terminou a maratona cinematográfica da 14ª Mostra de Tiradentes. Foram nove dias bem agitados na pequena e charmosa cidade histórica mineira. Segundo a organização do festival, mais de 30 mil pessoas marcaram presença nos três espaços de exibição, às 49 sessões oferecidas gratuitamente.
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O tema da mostra, as inquietações políticas, esteve presente em todo o evento, segundo o curador, Cleber Eduardo. “Noção de partir de um incômodo e reivindicar um mundo melhor, individual e coletivo, esteve muito forte”, analisou.
“Tiradentes é um espaço importante, sobretudo para o cinema autoral que discute a identidade nacional”, opinou o ator João Miguel (Ex-isto). Mais de 100 profissionais participaram dos vários debates. “Em 50 anos de carreira, nunca vivi um momento tão rico e diverso como o atual”, diz o diretor Cacá Diegues. Para o diretor do Fórum dos Festivais, Francisco César Filho, os debates fizeram um balanço do ano anterior e o saldo foi positivo.
Por ser o primeiro festival de cinema do ano, Tiradentes é um termômetro do que vem pela frente, ao longo de 2011. “Indica tendências e expressões novas”, diz João Luiz Vieira, júri de crítica.
Para a produção de curtas, espaço não é menos importante. Diferentes experiências narrativas foram apresentadas em Tiradentes. “Não é só um panorama geográfico, regional, é uma grande amostra das estéticas predominantes”, avalia o curador e crítico, Cássio Starling.
Na noite de sábado (29), na solenidade de encerramento, foram anunciados os filmes premiados. Júri Jovem e Júri da Crítica escolheram melhor filme entre os longas da Mostra Aurora – dedicada a novos diretores. Curtas da Mostra Foco também foram avaliados pelo Júri da Crítica. O Júri Popular decidiu quem levava o Troféu Barroco entre longas e curtas da programação.
Os Residentes, de Tiago Mata Machado, levou a estatueta barroca de melhor filme, eleito pelos cinco membros do Júri da Crítica. Melhor curta, decidido pelo mesmo júri, foi Vó Maria, de Tomás Von der Osten, do Paraná, que teve sua primeira exibição pública em Tiradentes.
Na opinião do júri popular, que votava após as exibições, o melhor curta foi Traz Outro Amigo Também, ficção gaúcha de Frederico Cabral. Entre os longas, o público da Mostra escolheu o documentário Solidão e Fé, de Tatiana Lohmann. Confira abaixo todos os premiados da 14ª Mostra de Cinema de Tiradentes.
Júri da Crítica
Prêmio Aurora de Melhor Filme – Os Residentes, de Tiago Mata Machado (MG)
Prêmio Aurora de Melhor Curta – Vó Maria, de Tomás Von der Osten (PR)
Júri Jovem
Prêmio Aurora de Melhor Filme – Os Residentes, de Tiago Mata Machado (MG)
Júri Popular
Melhor Curta – Traz Outro Amigo Também, de Frederico Cabral (RS)
Melhor Longa – Solidão e Fé, de Tatiana Lohmann (SP)
Prêmio Aquisição Canal Brasil
Traz Outro Amigo Também, de Frederico Cabral (RS)
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