A marca do Serra

Foto: Marcello Casal Jr./ Fotos Públicas (20/07/2010)
Foto: Marcello Casal Jr./ Fotos Públicas (20/07/2010)

Por incrível que pareça, o partido que ficou menos tempo na prefeitura de São Paulo nos últimos 30 anos, desde a redemocratização,  foi o PSDB.

Isso se deve a José Serra. Ele ganhou a eleição a prefeito de 2004. Seria uma boa oportunidade para o partido finalmente fincar raízes na periferia da cidade. Mas a ambição de Serra falou mais alto. Abandonou a cidade nas mãos de Gilberto Kassab, provocando uma guerra dentro do PSDB e frustrando mais uma vez os planos do partido. E destruindo o futuro de outras eleições municipais.

Além disso, Serra cevou um político que, depois de vitaminado, e de ficar sete anos na prefeitura, mudou-se de mala e cuia para apoiar o PT, sem constrangimento, levando para lá os votos que obteve graças à gentileza de Serra.

Nas eleições deste ano, os tucanos apresentam dois candidatos dos Jardins sem nenhum vínculo com a periferia. Dois dândis. Além desse handicap negativo, tanto Andrea Matarazzo quanto João Dória Jr. têm carisma próximo a zero, o que pode transformar a performance tucana em 2016 na crônica de mais uma derrota anunciada qualquer que seja o eleito nas primárias.

Tal como Zorro, Serra deixa a marca da sua espada por onde passa.


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