Marcas, números, identificações, novas identidades. Essa é a temática central de Marcados, o novo livro da fotógrafa Claudia Andujar, segundo dela pela editora Cosac Naify, lançado no último dia 8, na Galeria Vermelho, em São Paulo, onde fica com exposição até o dia 8 de outubro. Neste sábado (12), Andujar vai autografar Marcados na SP-Arte/Foto, às 17 horas, no estande da editora.
[nggallery id=14577]

Marcados traz 85 fotos dos índios Yanomami, realizadas entre os anos 1981 e 1983, quando Andujar acompanhou os médicos Rubens Brando e Francisco Pascalichio, da Comissão pela criação do Parque Yanomami, em expedição à Amazônia brasileira. Para identificar os Yanomami, os médicos tinham de colocar placas no pescoço dos índios, separando vacinados e não vacinados. Os índios precisavam de assistência por problemas de saúde causados pelo mercúrio liberado nos rios pelo garimpo na região.

Na Amazônia dos anos 1980, uma nova identidade criada, como a estrela de Davi que identificava o povo judeu na Segunda Guerra Mundial. A marca da morte que Andujar viu estampada no peito do pai, de parentes, amigos da escola, de lembrança triste da infância da fotógrafa, nascida na Hungria. A ponte filosófica de Andujar questiona o método de rotular os seres para fins diversos, como a própria fotógrafa escreve no prefácio de Marcados. Um livro forte.

Vale conferir o lançamento e a exposição de Marcados.


Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.