A Executiva Nacional do PSB decidiu apoiar a candidatura de Aécio Neves (PSDB) para a Presidência da República, no segundo turno. Após cerca de três horas de reunião, os 22 membros da executiva votaram pelo apoio a Aécio, 7 pela neutralidade e apenas o senador João Capiberibe (AP) votou pelo apoio a Dilma.
Os que votaram pela neutralidade foram a senadora Lídice da Mata (BA), o senador Antônio Carlos Valadares (SE), Katia Born, o secretário de Juventude, Bruno da Mata, o presidente do partido, Roberto Amaral, a deputada federal Luiza Erundina (SP) e o secretário da Área Sindical, Joílson Cardoso.
Nesta quinta-feira (9), a Rede Sustentabilidade, partido não legalizado e abrigado dentro do PSB, decidiu por um apoio informal a Aécio Neves. “A síntese é que a mudança simboliza hoje o voto em Aécio, em branco ou voto nulo. Seriam as três posições que a Rede considera adequada ao processo de mudança que o Brasil precisa realizar”, afirmou o porta-voz do grupo, Walter Feldman. Em nota, o partido também deu mostra clara de que é oposição ao governo do PT e que se aliará ao PSDB para tirar Dilma Rousseff do poder. “O resultado do primeiro turno tornou evidente que a maioria da sociedade não aprova o atual governo e que não quer sua continuidade. Mesmo assim, o resultado geral mostra que o medo não derrotou a esperança, apenas adiou para um novo momento essa possibilidade”, afirma um trecho da carta.
Na terça-feira (7), diversas opiniões sobre o apoio de Marina estamparam os jornais:
O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), vice na chapa de Marina, afirmou que “teria dificuldade em apoiar Dilma” após as diversas críticas feitas pela campanha petista a Marina durante o primeiro turno.
A deputada federal reeleita, Luiza Erundina (PSB-SP), coordenadora da campanha de Marina, disse que ficará neutra e revelou que o PSB se encontra dividido. A deputada defendeu a “coerência” da chapa liderada por Marina.
Segundo a Folha, Marina estaria decidida a apoiar Aécio e estaria tentando bolar uma forma de fazer isso sem romper com seu ideal de “nova política”. O tucano conta com o eleitorado da ex-senadora para derrotar o PT. Nesta terça-feira (7,) Aécio já adotou termos usados por Marina para tentar atrair o eleitorado da ex-senadora, como “nova política” e “construção coletiva” de um projeto.
Uma das exigências feitas por Marina seria o fim da reeleição, proposta que defendeu no primeiro turno, inclusive com a promessa de não concorrer em 2018. Aécio incluiu em seu programa o fim da reeleição, mas nesta terça-feira 7 disse a jornalistas que o tema “não depende só dele”. O tucano também se negou a afirmar que abriria mão de uma eventual reeleição. “É uma questão a ser discutida”, afirmou o senador.
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