Marina Silva, terceira candidata mais votada nas eleições presidenciais de 2010, pelo PV, não quer ficar de fora do próximo pleito. Mas, no momento, após entregar ao TSE nesta segunda-feira o pedido de criação de seu novo partido (Rede Sustentabilidade), só lhe resta esperar. Esperar e pressionar, para que o Tribunal reconheça legalmente a Rede até o dia 5 de outubro, um ano antes das eleições de 2014, mesmo sem o partido ter conseguido as 492 mil assinaturas necessárias em lei.
Marina e os advogados da Rede argumentam que mais de 600 mil assinaturas foram entregues, e que se apenas 304 mil nomes foram validados até agora é porque os cartórios eleitorais estão descumprindo prazos. A ex-senadora afirmou que, para evitar problemas com assinaturas que pudessem ser barradas pelos cartórios, o próprio partido descartou mais de 200 mil fichas. “Já temos o mínimo de assinaturas em 24 Estados da federação. A legislação exige um mínimo de 9 Estados. Desses 24, já temos 16 com pedido de registro”, afirmou.
Marina afirmou ainda que a fundação da sigla representa “o anseio de milhares de pessoas descontentes com a atual forma de fazer política”. A constatação soa um tanto estranha quando se vê a lista de membros e apoiadores do novo partido, cheia de nomes já conhecidos da política, vindos de partidos como PSDB, PMDB, PT, PSOL e PV.
Se a nova legenda não conseguir respaldo da Justiça para concorrer às eleições com o novo partido, lhe resta a opção de correr para se filiar a outro partido. A hipótese não é tão improvável, dado que nas atuais pesquisas de intenção de votos a candidata se encontra atrás apenas da presidenta Dilma Rousseff. Marina é considerada pela oposição peça fundamental para levar as eleições ao segundo turno.
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