Marina Silva critica texto final do Rio+20 “Consenso em cima do desagrado”

A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PV) voltou a criticar nesta quinta-feira, dia 21, o texto final da Rio+20, que será aprovado no último dia da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável na sexta-feira, dia 22.

“O documento não atende às exigências da emergência que o planeta está vivendo. Ele não tem meios efetivos para implementação das políticas de sustentabilidade na ausência do financiamento. Vamos adiar, mais uma vez, o inadiável”, declarou.

Marina também criticou os que dizem que o documento é o consenso a que se pode chegar dentro de tantas posições políticas divergentes dos países participantes. “O documento não agrada a nenhum chefe de Estado, logo, é um consenso em cima do desagrado de todos”, afirmou.

A ex-ministra espera que  debates promovidos pela sociedade civil na Cúpula dos Povos e em diversas ações espalhadas pela cidade tenham sido mais interessantes que os debates políticos dentro dos pavilhões do Riocentro, local da Rio+20. “Os dois processos são interessantes. Do lado de fora se diz que é preciso decidir, e decidir com compromisso, e agir com urgência. E aqui, do lado de dentro, os que podem decidir responderam dizendo que é preciso adiar mais uma vez o compromisso”, disse.

Ainda assim, a Marina fez um chamado aos líderes mundiais para quem olhem o que está ocorrendo do lado de fora. “Se os que estão aqui dentro resolveram adiar o compromisso, os lá de fora devem dizer que o compromisso tem que ser assumido e vivido agora”, declarou, pedindo a todos que continuem as discussões. “A sociedade não tem mais tempo para fazer uma transição demorada como querem fazer”


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