Todos diziam que o futuro de Mário Prata estava assegurado. As tacadas certeiras da raquete apontavam para uma carreira brilhante no mundo do ping-pong. Empresários chineses tentavam convencê-lo a se nacionalizar chinês e competir pela China na próxima olimpíada. Mas quis o destino que ele caminhasse em outra direção. Mais exatamente, atravessou a rua e passou a se dedicar à sua nova paixão: as batidas de maracujá da Quitanda. Afastado das lides maracujistas, Mário Prata continua sendo, mesmo assim, um grande brasileiro!
Brasileiros: Sr. Mário Prata, quem é o senhor?
Mário Prata: Eu sou um cronista…
Brasileiros: Perdão, o senhor é pai de um cronista, muito bom por sinal, chamado Antonio Prata…
Mário Prata: Bem, é que… eu estou trabalhando na revista do Helio Campos Mello…
Brasileiros: Sei… o pai da Patricia Campos Mello, a brilhante jornalista da Folha.Tudo o que consta no Google é que o senhor costumava faltar às aulas da Faculdade de Economia da USP em 1968 para dedicar suas manhãs ao ping-pong no grêmio e às batidas de maracujá na Quitanda…
Mário Prata: Olha, eu sou amigo do Ricardo Kotscho…
Brasileiros: Ah, o pai da Carolina Kotscho, a excelente roteirista de “Tropa de Elite”… O que também apuramos é que o senhor encenou nessa faculdade uma pseudopeça musical chamada Kalfilofikus, em parceria com o seu colega Claudio Pucci, mais tarde ator do Teatro de Arena. O senhor tem mais alguma coisa a declarar?
Mário Prata: Eu…queria dizer que não sou dono da Água Prata… nem sobrinho do Sebastião Prata… mais conhecido por Grande Otelo.
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