Mensalão: que moral tem Gilmar Mendes para julgar alguém?

A gente muitas vezes se engana. A gente acha que a Justiça é um ente à parte, infalível e indiscutível. É aquela história: decisão da Justiça não se discute, se cumpre. Ainda mais quando a decisão vem da corte mais alta. Mas não esqueçamos que a Justiça é feita por homens, E que homens não são infalíveis. Aqueles homens e mulheres com capa de Batman que vemos na TV são iguais a todos nós. Quando vejo na tela o ministro Gilmar Mendes não consigo esquecer que, em 2008, ele concedeu dois habeas corpus, de madrugada, em dias subsequentes a um banqueiro chamado Daniel Dantas que, entre outras performances, tungou 1 bilhão de dólares dos 12 fundos de pensão estatais que entraram na aquisição da Brasil Telecom com o Citibak. Os fundos narram num memorial como foram pressionados por Fernando Henrique a fechar negócio com Dantas, como foram enganados pelo então sócio de Dantas e ex-presidente do Banco Central Persio Arida e como foram destituídos de seus direitos por Dantas e como ele esbanjava seus 1 bi em advogados que o defendiam em processos do Citibank, em jatos executivos de 35 milhões de dólares e outros luxos. Os fundos levaram cinco anos para tirar Dantas do comando, mas o 1 bilhão de dólares foi pelo ralo.


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