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O julgamento do caso do suposto esquema do mensalão entrará em seu oitavo dia nesta segunda-feira, dia 13, quando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvirão os advogados de quatro ex-parlamentares acusados pela promotoria de terem recebido dinheiro para apoiar projetos do governo no Congresso nacional.
Autor da denúncia que culminou no escândalo, o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ) terá sua defesa apresentada hoje. Além dele, os advogados dos ex-deputados Bispo Rodrigues (ex-PL, atualmente no PR-RJ), Romeu Queiroz (ex-PTB, atual PSB-MG), José Borba (PMDB-PR) e do ex-secretário do PTB Emerson Palmieri também serão ouvidos nesta segunda-feira.
Esta será a sexta sessão consecutiva com apresentação de defesa por parte dos advogados. Até agora, foram ouvidos 25 dos 38 réus indiciados pela Procuradoria Geral da República. Até a próxima quarta-feira, dia 15, todos os réus deverão ser ouvidos. Após o fim deste processo, começará o processo de votação, que será aberto pelo ministro Joaquim Barbosa.
Bispo Rodrigues é acusado pelo MP de receber R$ 150 mil para votar a favor do governo no Congresso. A defesa do advogado nega a transação e afirma que o ex-deputado recebeu dinheiro emprestado para saldar dívidas de campanha em 2002. Como renunciou em 2005, Rodrigues não teve seu mandato cassado.
Ex-presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson é acusado de ter recebido R$ 4,54 milhões para votar a favor de projetos do governo no Congresso. O ex-deputado teve seu mandato cassado em 2005. A defesa de Jefferson alega que o ex-deputado desconhece a origem do origem e afirma que a quantia recebida do PT foi originária de um acordo feito nas eleições municipais.
Emerson Palmieri é acusado de agir como tesoureiro do partido, intermediando a propina recebida dentro do PTB. Ele é acusado pela promotoria de ter participado de diversas reuniões que definiram o valor recebido e detalhes da transação. Em sua defesa, Palmieri argumenta nunca ter agido como tesoureiro, exercendo apena a função de primeiro-secretário na área administrativa. A defesa argumenta que Palmieri não sabia da suposta compra de votos.
Já o ex-deputado Romeu Queiroz é acusado de ter recebido R$ 102 mil para sua campanha de 2004. Queiroz assumiu ter recebido o valor de um cliente das agências de Marcos Valério, mas diz que o dinheiro foi utilizado apenas na campanha eleitoral. A defesa do ex-deputado nega envolvimento com a suposta compra de votos.
Atual prefeito de Jandaia do Sul (PR), o ex-deputado José Borba é acusado de ter recebido R$ 200 mil para votações no Congresso. Sua defesa sustenta que não há provas de tal acusação e que votou em projetos do PT por vontade própria.
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