Meu Discurso ganhou!!!!

Meus Caros, poucas das muitas noites de Oscar a que assisti me deixaram tão feliz quanto a de ontem. James Franco é delicioso, está perdoado por não ter sequer tirado a camisa em Comer, Rezar e Amar, as principais estatuetas foram para meu filme favorito, O Discurso do Rei, e, como deixei para a própria academia a solução de meu drama pessoal, eis que meu coração dividia-se entre Annette Bening, por Minhas Mães e meu Pai, e Natalie Portman, por Cisne Negro, não me digo frustrado neste quesito. Branco que fosse, o cisne estava perfeito, e mereceu seu prêmio, mas eu amo a mulher de Warren Beatty, o maior sedutor de Hollywood em todos os tempos, e esse infelizmente não é meu depoimento pessoal, mas o de gente como a própria Madona. Bening é indiscutivelmente uma das maiores damas do cinema de hoje, e merecia, mesmo que o filme pelo qual concorria, embora deliciosamente fofo, não fosse exatamente cinema de primeira grandeza. Eu falo inglês com sotaque britânico, mérito de meu eterno e mais querido professor, Paulo Sérgio Pandolfi Rezende. Talvez por isso o Rei e seu discurso me tenham apaixonado tanto. Christian Bale, maravilhosamente drogado, em O Vencedor, mereceu seu quinhão de glória, embora, pelas razões já expostas, Geofrey Rush fosse meu favorito. Não tive a chance de ver 127 horas, com o fofo do James Franco, embora amigos de primeira grandeza o tenham adorado. Perdoado seu pudor em expor o torso, no filme já mencionado. Eu, pessoalmente, jamais perdoarei a Academia por não ter honrado Brokeback Mountain, um dos melhores filmes  de toda a história, e aquele em que está o melho beijo de toda história do cinema.

Oscar é história, não é brincadeira de mídia, ninguém jamais esquecerá aqueles momentos no tapete vermelho, por essa razão, a maior parte das roupas que os próprios astros usam é dada, ou emprestada, por costureiros que não exatamente precisam fazer gestos desses. Eles já têm mídia, mas o fazem, pois sabem que estarão entrando, ainda mais, para a história. Você já podem olhar na net e verão quem usou o quê, de quem. Nós, brasileiros, jamais ganhamos nenhuma estatueta, embora a sempre maravilhosa Fernanda Montenegro foi indicada, e merecia ter ganhado, por Central do Brasil, há alguns anos. Esse ano, nós resvalamos o prêmio novamente, com Lixo Extraordinário, que, por razões burocráticas da Academia, apresentou apenas os nomes dos estrangeiros da Academia. Mas agora, meu caros, tudo isso é história para o ano que vem. E lá estarei, o nosso, o vosso Lourenço Cavalcanti.