No dia 21 de julho de 1914 a Seleção Brasileira entrava em campo pela primeira vez em sua história, para uma partida amistosa contra o Exter City, da Inglaterra, que fazia excursão pela América do Sul. Naquela ocasião, a situação era bem diferente, a canarinho não existia, a cor da camisa brasileira era branca, os espectadores eram aproximadamente 20 pessoas e, em campo, tocavam a bola meros desconhecidos.
Hoje o Brasil é o País do futebol. Em terras tupiniquins, a arte divina de correr atrás de uma bola e balançar as redes foi reinventada. É possível dizer, sem sombra de dúvidas que, se não fosse o Brasil e os brasileiros, o futebol não existiria como o conhecemos. O brasileiro foi o primeiro que fez do futebol sua vida, que faz gol quando sai com uma menina bonita, que toma drible quando é enganado na rua e que dá bola fora quando erra no trabalho. Foi dentro das quatro linhas que demos as maiores contribuições para o planeta, demos Garrincha, demos Rivelino, demos Zico, demos Ronaldo, demos Pelé e muitos outros! Por muitas vezes, o futebol e a seleção foram responsáveis por resgatar o orgulho de ser brasileiro.
A história da Seleção Brasileira é bonita, mais feliz do que triste, mas as tristezas foram doídas, há de se confessar. É impossível esquecer, por exemplo, o desastre do Maracanaço, em 1950, quando o uruguaio Ghiggia calou um Maracanã com aproximadamente 50 mil torcedores e “arrancou” a Jules Rimet das mãos do povo brasileiro. Ou então de um tal de Zidane, francês chato, mas genial, que em 1998 ofuscou Ronaldo e adiou o pentacampeonato brasileiro. Quem não chorou, que atire a primeira bola.
Mas para cada tristeza, nossa seleção nos brindou com centenas de glórias. Como não se emocionar ao lembrar do imortal capitão Bellini, que, pela primeira vez na história do esporte, ergueu a taça conquistada sobre sua cabeça, para que todos a pudessem ver, na conquista da Copa do Mundo de 1958, a primeira do Brasil. O gesto não foi a única coisa que o Brasil deu para o esporte naquela Copa do Mundo, foi naquele ano também que o mundo conheceu, e se assombrou, com o craque Pelé, autor de um golaço chapelando o zagueiro na final contra a Suécia.
Nessa quarta-feira, 14 de novembro de 2012, a Seleção Brasileira completa 1000 jogos de história contra a Colômbia. O time mais importante da história do futebol luta para, nos próximos anos, reconquistar a hegemonia e, sobretudo, a alegria que um dia foi sua marca-registrada.
Deixe um comentário