A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixera manifestou nesta segunda-feira, dia 7, seu apoio a um possível veto presidencial de Dilma Rousseff à proposta do novo Código Florestal aprovada no Congresso. “Temos que respeitar todo o trabalho feito nesta Casa [Senado], mas nós precisamos ser responsáveis em relação ao veto”, afirmou. A ministra ainda disse que “o trabalho [do Congresso] foi muito bem feito dentro daquilo que as condições democráticas ofereciam ao debate”.
A posição de Teixeira reforça a campanha “Veta, Dilma”, organizada nas redes sociais para que a presidenta da república vete a a proposta do novo Código Florestal, cujo primeiro texto tramitou pela Câmara dos Deputados em maio de 2011 e passou pelo Senado em dezembro do mesmo ano. A aprovação do texto final aconteceu na Câmara em abril. As mudanças do novo Código são vistas como um retrocesso por alguns setores da sociedade civil. Um dos pontos mais polêmicos é a previsão de anistia aos desmatadores.
Além de Teixeira outras figuras públicas importantes se mostraram contrárias ao novo Código. A atriz Camila Pitanga recentemente pediu à Dilma, usando o slogan, que vetasse o projeto. O deputado Nelson Marquezzalli (PTB-SP), que é um dos maiores exportadores de suco de laranja do Brasil e faz parte da chamada “bancada ruralista”, que votou em peso em favor do novo Código, também afirmou ser contra a proposta e à favor do “Veta, Dilma”.
Mesmo se for vetado por Dilma, o Congresso tem 30 dias para barrar o veto em sessão conjunta. Para isso é preciso maioria absoluta em ambas as casas (metade mais um), o que representa 257 votos dos deputados e 47 dos senadores.
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