Queridos, voltei! Depois de um acidente em minha própria Casa, no qual quebrei quatro vértebras da coluna, e um dedo da mão direita, posso voltar a escrever, pois minha mão está livre da tala. Só acompanhei os eventos da Parada pela mídia, muito mais discreta esse ano que nos anteriores, quando chegamos a ter metade das primeiras páginas em todos os jornais do Brasil, desta vez tivemos de nos contentar com um pedaço lá dentro dos cadernos cidade. Nenhum drama, pois a Parada foi um sucesso, não o delírio de 4 milhões de pessoas que os organizadores anunciaram, não é preciso atirar tão alto, pois a multidão era menor que nos anos anteriores, mas com mais qualidade, mais gays, menos gente bêbada – assim me foi dito, e li pelos outros blogs.
E, mesmo com chuva forte, estava animada e cheia até o final. Bárbaro. Muita gente também veio a São Paulo, mas preferiu se jogar na Balada, aproveitando as festas deliciosas que todas as casas noturnas proporcionaram, todas lotadas. Optar entre Balada e/ou Parada me parece absolutamente OK, o importante é que saíram de suas casas, outros vieram de longe, aproveitando o feriado, festejando nossa causa e gerando dividendos sociais e econômicos para nossa cidade. Tudo sob chuvão daqueles, nada esfriou muito a nossa festa. Aliás, depois de conquistarmos muita visibilidade, mormente na luta contra a homofobia esse ano, e da decisão histórica do Supremo Tribunal Federal a nosso favor, tínhamos, também, muito que comemorar.
Entrada a semana, atento apenas o discurso da deputada estadual Miriam Rios, do PDT-RJ, externando preconceito e ignorância sem qualquer discernimento ou pudor, repetiu a ladainha de que homossexualidade é sinônimo de pedofilia, e tomou paulada de toda a mídia. A parlamentar, que obteve seu cargo depois de apagada carreira como atriz e um casamento com um ídolo POP, tentou corrigir as coisas, queimando ainda mais seu próprio filme. Não acho mais que gente como ela consiga nos prejudicar, pelo contrário, ajuda a levantar as bolas para o nosso rebate. Agora, podemos acompanhar o debate contra a homofobia e acompanhar vários homossexuais na novela das 9. É um avanço firme e evidente, a ser muito celebrado. E, quando tirar meu colete ortopédico, então, a vida me parecerá o paraíso! Abraços do Guilherme Lacombe
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