Apesar de uma vida curta, o robô Philae entra para a história espacial ao ser o primeiro módulo a pousar em um cometa. O objetivo da missão Rosetta é obter informações que ajudem a entender melhor o nosso Sistema Solar e a vida na Terra.
Nesta terça-feira, 18, a Agência Espacial Europeia (ESA), divulgou as primeiras informações a respeito das análises feitas pelo módulo.
De acordo com os cientistas, análises sugerem que a superfície do 67P é composta de água e gelo, coberta por uma fina camada de pó. Uma das descobertas mais interessantes, até agora, diz respeito às moléculas de carbono. O corpo celeste teria os compostos orgânicos em sua composição, os mesmos que são a base primordial para a vida na Terra.
Ainda não se sabe o quão complexas as moléculas são. No entanto, a expectativa é que essas informações contribuam para entender o papel que os cometas tiveram na formação da vida terrestre. Acredita-se que os cometas possam ter trazido água e vida para a Terra após colidirem com o planeta. Cientistas ainda estão interpretando tais resultados.
Segundo os pesquisadores, a superfície do cometa é rígida como o gelo, algo que não se esperava até então. O sensor acoplado ao robô, chamado de Mupus, que tinha como objetivo acessar o núcleo do cometa, não conseguiu martelar o solo devido a sua composição extremamente rígida. A superfície do 67P seria próxima a do arenito.
Após uma jornada de dez anos, o módulo pousou no cometa na última quarta-feira, 12. Segundo a ESA, o Philae quicou algumas vezes antes de ficar estável. Uma de suas três garras se desprendeu e ficou no ar. Por ter pousado em uma região de sombra, o robô não conseguiu ter acesso suficiente à luz solar, o que prejudicou o carregamento dos painéis solares. A autonomia da bateria, suficiente para 64 horas, se esgotou no último sábado e desde então Philae não se comunica mais com a Terra.
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