Mísseis não são citados em relatório de avião da Malaysia Airlines

Foto: Malaysia Airlines
Foto: Malaysia Airlines

O Conselho de Segurança da Holanda (Dutch Safety Board, em inglês) divulgou nesta terça-feira (9) o relatório final com a causas da queda do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines em território ucraniano, em julho, sem afirmar que foi um míssil que atingiu a aeronave, como se previu após o acidente. Segundo o documento, um “grande número de objetos de alta energia vindos do exterior” atingiram o avião, que se “quebrou no ar”. Ainda segundo o relatório, as condições do tempo e mecânicas do avião eram boas.

Separatistas ucranianos supostamente apoiados pela Rússia foram acusados pela União Europeia e pelos Estados Unidos de derrubar o avião com um míssil Buk, de origem russa. O presidente Vladimir Putin negou qualquer envolvimento no incidente, alegando inicialmente que a força aérea ucraniana foi a culpada.

O primeiro-ministro de Donetsk, Alexander Zakharchenko, autoproclamada “república popular”, respondeu ao relatório do DSB via uma agência de notícias russa, também negando envolvimento na queda da aeronave. “Só posso dizer uma coisa: nós simplesmente não temos o equipamento militar capaz de derrubar um Boeing”.

Tjibbe Joustra, presidente do Conselho de Segurança Holandês, disse nesta terça-feira que o incidente “chocou o mundo e levantou muitas questões”. Ele também avaliou que o relatório divulgado não é definitivo e definiu um prazo para que o documento final sobre as causas do acidente seja entregue. “Os resultados iniciais do inquérito apontam para uma causa externa do acidente com o voo MH17. No entanto, mais pesquisas serão necessárias para determinar a causa com maior precisão. O Conselho de Segurança acredita que a evidência adicional estará disponível para a investigação em breve. A equipe de investigação vai trabalhar no sentido de produzir o seu relatório final. O Conselho tem como objetivo publicar este relatório no prazo de um ano a contar da data do acidente”.

O Boeing da Malaysia Airlines explodiu no ar quando passava pela Ucrânia, durante voo entre Amsterdã e Kuala Lumpur no dia 17 de julho, matando 298 pessoas, sendo 283 passageiros e 15 tripulantes. A maior parte das vítimas eram holandeses de: 193. O documento, em inglês, está disponível clicando aqui.


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