Money and football team

New car, caviar, four star daydream,
Think Ill buy me a football team

O trecho da música “Money”, do Pink Floyd, traduz à perfeição o que vem acontecendo no futebol mais rico, mais rentável e mais organizado do mundo. Exatamente o da terra dele, Pink Floyd, e da rainha: a Inglaterra.

Desde junho de 2003, o “football” não é mais o mesmo. Na época, um “desconhecido” bilionário russo do petróleo desembolsou R$ 511 milhões e adquiriu o Chelsea, modesto, porém tradicional clube de Londres. Roman Abramovich iniciou a “brincadeira” de se ter um time de futebol.
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Os mais fortes também dançaram conforme a música (no caso, a própria “Money”). Em maio de 2005, o bilionário norte-americano Malcolm Glazer, que provavelmente nunca chutou uma bola do “football” inglês na vida (talvez só conheça a bola oval do “football” de lá), comprou o Manchester United por nada mais nada menos do que R$ 2,5 bilhões.

E a moda continou. Arsenal, Liverpool, Portsmouth, Aston Villa, West Ham. Todos comprados, e por magnatas estrangeiros. Quase todos. O Newcastle é o único da lista que tem controle acionário de um britânico: Mike Ashley, dono de empresa do ramo de artigos esportivos.

O caso mais curioso do hobby de se adquirir um time de futebol é do Manchester City, o rival local do United. Dono de apenas dois títulos ingleses da primeira divisão e uma Recopa Européia, no fim dos anos 60, o City tem pouca expressão no País e no Velho Continente. Até pouco tempo, era conhecido apenas por ser o time do coração dos esnobes irmãos Gallagher, líderes da banda Oasis.

Em julho de 2007, Thaksin Shinawatra, primeiro-ministro deposto da Tailândia, tirou quase R$ 300 milhões do bolso e levou o controle da equipe azul. Pouco mais de um ano depois, o tailandês conseguiu mais do que o dobro de lucro e repassou o City para outro estrangeiro. No início de setembro, o Abu Dhabi United Group, grupo da família real dos Emirados Árabes, controlado por Sulaiman al Fahim, pagou mais de R$ 600 milhões para ser o novo dono do rival do United.

Antes do fechamento da janela de transferências, Fahim ganhou a briga com o Chelsea (aquele do russo que começou a farra de comprar time) e levou Robinho, por R$ 96 milhões.

Novos tempos pelos belos gramados de lá. É esperar pelo próximo bilionário a entrar na brincadeira de Banco Imobiliário da realidade.

Money, so they say
Is the root of all evil today

Veja o clipe de “Money”:



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