Um dos principais nomes da música instrumental do País nos últimos 60 anos, o flautista Altamiro Carrilho, morreu, aos 87 anos, na manhã desta quarta-feira, 15. Há cerca de um mês, Altamiro, estava internado no hospital São Lucas, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em decorrência de problemas pulmonares. A causa da morte ainda não foi divulgada, mas, segundo familiares, o músico estava bastante debilitado e foi internado em uma clínica particular, no bairro de Laranjeiras, na última segunda-feira, 13, quando seu estado de saúde se agravou. Também não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento do flautista.
Altamiro começou a carreira de músico aos 13 anos, tocando caixa na Banda Lira de Areon. Pouco depois, trabalhando como farmacêutico, comprou a primeira flauta, usada, dominou precocemente o instrumento e passou a ter destaque no programa Calouros em Desfile, de Ary Barroso. Seu primeiro registro fonográfico foi lançado em 1949, o álbum A Bordo do Vera Cruz. Altamiro lançou mais de cem discos e compôs cerca de duzentas canções, muitas delas, emblemas de um dos gêneros mais representativos da música instrumental brasileira, o choro, disseminado por ele ao redor do mundo em apresentações realizadas em mais de 40 países.
Em 1956, liderando o conjunto A Turma da Gafieira, Altamiro reuniu um time de craques que incluía o saxofonista Zé Bodega, o trombonista Raul de Souza (que, à época, assinava apenas Raulzinho), o acordeonista Sivuca e o baterista Edison Machado. O álbum, homônimo, de estreia do grupo, é considerado um marco do improviso na música instrumental brasileira. Em setembro de 2010, Raul de Souza concedeu entrevista à Brasileiros, onde lembrou a experiência de integrar o Turma da Gafieira e o apadrinhamento decisivo de Altamiro para sua carreira. Leia aqui
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