Morre o ex-ministro Luiz Gushiken

Morreu de câncer no início da noite de hoje (13), aos 63 anos, no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, o ex-ministro do governo Lula, Luiz Gushiken. Segundo informações, ele será enterrado amanhã (14), em Indaiatuba (SP).

Gushiken foi um dos fundadores do PT, deputado federal e chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República de 2003 a 2005.

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Nascido em Oswaldo Cruz, interior de São Paulo, em 8 de maio de 1950, Gushiken foi militante do grupo trotskista Liberdade e Luta (Libelu). Iniciou sua carreira profissional como escriturário do Banco do Estado de São Paulo (Banespa) em 1970. Teve participação ativa no movimento sindical em São Paulo. Conheceu Lula quando ainda era secretário-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Lula havia sido preso e Gushiken estava em São Bernardo, arrecadando dinheiro para uma greve. Acabou preso também e conquistou a amizade do então líder sindical.  Gushiken presidiu o Sindicato dos Bancários entre 1985 e 1986, quando se elegeu deputado federal constituinte. Foi coordenador da campanha presidencial de Lula em 1989 e assumiu o posto de ministro-chefe da Secretaria de Comunicação do primeiro mandato de Lula, em 2003. Partiu dele a criação do Projeto Brasil 2020, visando instituir uma área de discussões acadêmicas sobre o Brasil.

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Gushiken teve papel central na defesa dos fundos de pensão contra os prejuízos causados pelo acordo com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Foi alvo de denúncias, jamais comprovadas, sobre o uso das verbas da Secom. Fora do poder, sua casa sofreu ataques suspeitos e chegou a ser incluído na Ação Penal 470. Mas foi absolvido da acusação, em maio deste ano.

Despedida de Gushiken 

Luiz Gushiken se despediu de amigos nos últimos dias. Segundo relatos divulgados nesta semana, Gushiken estava numa árdua luta contra o câncer no estômago, administrando a própria morfina, recebendo amigos, companheiros de partido e conversando sobre o passado e o presente. No sábado (7), segundo a jornalista Mônica Bergamo, reuniu-se com José Dirceu, Aloizio Mercadante e dirigentes sindicais, fez um balanço de sua vida e do PT e considerou o julgamento do “mensalão” uma fase heróica, colocando o partido sob “um ataque sem precedentes”.

Em um emocionado pronunciamento nesta terça-feira (10), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) fez uma pequena biografia do ex-ministro e ex-deputado federal Luiz Gushiken, a quem visitou no final de semana.  



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