Enquanto a Seleção Brasileira se preocupa em enfrentar o México, num jogo que acontece em Dallas, nos Estados Unidos, neste domingo, dia 3, um grupo de torcedores cariocas promete fazer barulho em defesa do maior palco da história da amarelinha.
O movimento “O Maraca é Nosso!” marcou para as 16h de domingo um apitação em frente à casa do governador Sérgio Cabral, no Leblon, em protesto contra a “privatização, elitização e europeização” do estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O encontro dos torcedores está marcado para às 14h no posto 9 da praia de Ipanema.
Os manifestantes acusam os governantes de mau uso do dinheiro público. Em 1999 foram gastos o equivalente a R$ 237 milhões na reforma do estádio para o Mundial de Clubes da FIFA; para o Pan de 2007, que teve a promessa de deixar o estádio pronto pra Copa, foram gastos mais R$ 397 milhões. A nova reforma está orçada em R$ 1 bilhão.
Além destas gastos, o jornal Folha de São Paulo revelou em 11 de fevereiro que o estádio poderá ter de passar por novas obras para as Olimpíadas de 2016, em que sediará as cerimonias de abertura e encerramento. Entre as mudanças estariam o reforço da estrutura da marquise, para aguentar as cinco toneladas de luz e som e equipamentos usados durante a abertura.
O “Maraca é Nosso!” também critica a diminuição da capacidade do estádio (que nasceu para 200 mil pessoas em 1950 e contara com 76 mil lugares depois da Copa), a quase não existência de setores populares com a extinção da “geral”, e a descaracterização da arquitetura original do estádio, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Histórico Nacional (Iphan).
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