MTST protesta contra empresa dona de terreno em Itaquera

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam, por volta das 13h de hoje (20), a sede da Viver Incorporadora, no bairro Vila Olímpia, na zona sul da capital. A empresa é proprietária do terreno que foi ocupado por cerca de 2,5 mil famílias no início deste mês. Eles pretendem permanecer no prédio até que a construtora receba representantes do grupo para uma negociação.

De acordo com o movimento, 2 mil pessoas participam do protesto. Uma parte delas, cerca de 500, estão no hall de entrada da empresa. O MTST informou, em nota, que o objetivo é “pressionar a empresa para que retire o processo de reintegração de posse do terreno da ocupação Copa do Povo”. A área onde estão os sem-teto fica a aproximadamente 4 quilômetros do estádio do Corinthians, em Itaquera, onde ocorre o jogo de abertura do campeonato mundial de futebol.

No dia 7, o juiz Celso Maziteli Neto, da 3ª Vara Cível de Itaquera, concedeu liminar determinando o fim da ocupação Copa do Povo. A decisão atendeu à ação de reintegração de posse movida pela Viver. O terreno tem cerca de 150 mil metros quadrados. A medida, no entanto, ainda não foi cumprida, pois o juiz propôs uma audiência de mediação para o próximo dia 23.

O grupo saiu em caminhada da estação de trem Vila Olímpia, interditando a Avenida das Nações Unidas, que margeia a Marginal Pinheiros, no sentido da Rodovia Presidente Castelo Branco. Segundo o movimento, durante a ocupação do prédio não houve resistência dos seguranças e a ação foi pacífica. A Polícia Militar não informou quantas pessoas participam da manifestação.

Há duas semanas, o MTST, junto com outros movimento sociais que formam o coletivo Resistência Urbana, iniciaram uma série de manifestações que devem ocorrer até a Copa do Mundo. O primeiro ato ocorreu no dia 8 com a ocupação de três construtoras que receberam recursos para a construção dos estádios da Copa. Na semana passada, seis avenidas de São Paulo foram interditadas para cobrar moradia e outros direitos sociais. Os grupos prometem pelo menos um protesto por semana.


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