Parece corriqueiro hoje em dia, mas há 80 anos as mulheres não sabiam o que era opinar, ter voz ativa. Pouco em casa, nada numa eleição. Pelo Código Eleitoral de 24 de fevereiro de 1932, só podiam votar brasileiras casadas (com a permissão do marido) e viúvas ou solteiras com renda própria. Tudo mudou, como se sabe. Conheça aqui os principais marcos do movimento sufragista no País:
1922
Pioneira do feminismo no Brasil, a cientista Bertha Lutz participa de encontro de mulheres eleitoras nos Estados Unidos, que aprovara o voto feminino dois anos antes
1927
O governador do Rio Grande do Norte inclui na lei eleitoral do Estado o chamado “voto de saias”. Elas vão às urnas, mas os votos são anulados pelo Senado
1928
Alzira Soriano é eleita prefeita da cidade de Lages (RN) e se torna a primeira mulher a conquistar um cargo nas urnas na América Latina. Saiu até no The New York Times
1932
O presidente Getúlio Vargas assina um código eleitoral provisório, e parte das mulheres ganha direito ao voto. Dois anos depois, o direito é estendido a todas as brasileiras
1933
Carlota Pereira de Queiróz É a única mulher entre os 215 deputados eleitos para a Assembleia Constituinte
2012
Oito décadas depois da aprovação do voto feminino, o Brasil tem Dilma Rousseff no Palácio do Planalto, dez mulheres no ministério e duas governadoras de Estado
Deixe um comentário