O governo de Cristina Kirchner retomou nesta segunda-feira, dia 16, controle de fato da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPF), a ex-companhia estatal de petróleo do país,. A intervenção na YPF acontece no mesmo dia em que Kirchner enviou ao Congresso do país um projeto para retomar o controle acionário da empresa, que foi vendida para a espanhola Repsol no final da década de 1990.
O texto da proposta propõe a expropriação de 51% das ações da Repsol na YPF, o que reduziria a espanhola à uma participação minoritária do grupo. Como justificativa para a ação Kirchner afirmou que, em 2011, pela primeira vez na história Argentina, o país passou a importar petróleo.
“Durante muitos anos se aplicou um critério partidário, que argumentava que o Estado era inútil e que só as empresas privadas podiam manejar seus recursos”. A presidenta também declarou que o modelo proposta não é o da reestatização, mas sim o da busca pelo “retorno da soberania dos hidrocarbonetos no país”.
A intervenção na YPF já causa desconforto entre Buenos Aires e Madrid. Os ministros da relações exteriores e da indústria na Espanha declararam que haverá represarias contundentes.
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