O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi enfático em defender a busca pelo saneamento das contas públicas, ao tomar posse na tarde desta segunda-feira (5). Em sua visão, sem equilíbrio fiscal não haverá crescimento sustentado. “Nem sempre é fácil [fazer o ajuste]. É natural todos querermos conforto imediato”, admitiu.
Segundo ele, a busca do equilíbrio trará a confiança dos investidores, o que leva os empreendedores a produzir mais e criar empregos. “É a forma de o empresário tomar riscos sem medo”. Ele aposta que um novo ciclo de crescimento será possível com metas fiscais para 2015, 2016 e 2017.
Salientou ainda que isso será factível com parcimônia, sem deprimir a economia, nem tirar direitos sociais. “O equilíbrio fiscal não vem sozinho. Conto com a participação de todo o governo, para darmos um basta ao patrimonialismo – pior do que a privatização da coisa pública.
“Os limites do Estado são imprecisos. É preciso a impessoalidade no trato dos bens públicos. Focar sua atividade em regras gerais e transparentes. Isso exigirá determinação, coragem e humildade.” Dessa forma, continuou,os ganhos salariais prosseguirão e se consolidarão. As instituições estão preparadas para este avanço.
“É necessária confiança para haver maturidade de fazer correções antes de a crise se instalar. É o que buscamos A economia tem bons fundamentos. Mas não teremos a ingenuidade de acreditar que as soluções serão fáceis.”
O cargo foi passado a Levy pelo secretário-executivo da Fazenda, Paulo Caffarelli.
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