Há aproximadamente cinco meses atrás, a Polícia Militar foi convocada para intervir na preocupante situação da Cracolândia, região do centro de São Paulo que estava completamente tomada pelos viciados em crack. Na época, muito se falou sobre os métodos da polícia e a decisão das autoridades, já que não existia um programa público que pudesse cuidar de todos esses doentes e até inseri-los de volta a sociedade.
Agora, a Secretaria Municipal de Assistência Social realizou pesquisa inédita, divulgada pelo Estado de São Paulo, com os moradores de rua na região e constatou que, para 72,3% deles, nada mudou em suas vidas. Outros 17,2% afirmam que a situação piorou, principalmente pela violência da polícia, agora mais presente. O restante considerou a intervenção benéfica ou não quis comentar.
No levantamento, também foi desenhado o novo mapa da região. Os “noias”, como são conhecidos os viciados em crack, que antes se concentravam nas ruas Helvétia e Dino Bueno, migraram para a Rua dos Gusmões, onde antes quem ficava eram moradores de ruas comuns, que acabaram “se mudando” para as imediações do Elevado Costa e Silva, o Minhocão, já que não costumam se misturar com os viciados para não ser confundindo com um pela polícia.
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