A diretoria do jornal estadunidense New York Times anunciou nesta quarta-feira (1) a intenção de demitir cem funcionários da sua redação e o fim de alguns aplicativos para celular que estavam em execução desde o início do ano. O corte corresponde a 7,5% do total da redação, que possuía 1.330 pessoas.
Apesar do anúncio, os diretores consideram a possibilidade de saídas voluntárias de alguns funcionários, e só os demitirá se o número de pessoas que sairem por contra própria não superar as expectativas do grupo.
“Os cortes na equipe são necessários para controlar os custos e nos permitir continuar investindo em nosso futuro digital. Vamos considerar isso como uma oportunidade para reconsiderar seriamente algumas das coisas que fazemos, desde o número de seções que produzimos até o quanto gastamos com conteúdo frellancer”, disse o editor-executivo do diário, Dean Baquet, em carta enviada à redação.
Em nota publicada no site do jornal – e que confirma as demissões – o New York Times se defende dizendo que a atitude não é isolada. “O Times não está sozinho na eliminação de postos de trabalho de redação. Jornais de todo o país reduziram posições, como o The Wall Street Journal, o Freedom Communications e o The Orange County, da Califórnia”.
No segundo trimestre, os lucros líquidos caíram para US$ 9,2 milhões de US$ 20,1 milhões do anterior, com um volume de negócios de US$ 389 milhões. A empresa também vende ativos considerados periféricos, como o “Boston Globe” e sites web que não se dedicam à informação.
Após anunciar as demissões, as ações do grupo editorial The New York Times Company subiram com força mais de 8% na Bolsa de Nova York, onde haviam caído mais de 23% desde o começo do ano.
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