A manifestação, intitulada Um Milhão pela Educação, ocupou o centro do Rio de Janeiro na noite desta segunda-feira (7). A maior parte dos manifestantes era formada por grupos de professores municipais, estaduais, estudantes e sindicalistas. O ato foi em apoio aos professores municipais do Rio contra a proposta de plano de cargos e salários da prefeitura.
A passeata, que começou pacífica, reuniu milhares de pessoas — 10 mil, segundo a Polícia Militar, e 50 mil, de acordo com o sindicato de professores. No entanto, às 20h30 alguns grupos foram responsáveis por cenas de violência e depredação. Um grupos de manifestantes, adeptos a tática Black Bloc, picharam as paredes do lado de fora da Câmara Municipal do Rio, jogaram artefatos semelhantes aos usados nas festas juninas e lançaram coquetéis molotov nas janelas do prédio, que estavam protegidas com chapas de madeira. Outros invadiram agências bancárias na Cinelândia e quebraram as vidraças. As pichações fazem referência contra o governador do Rio, Sérgio Cabral, e frases como “Mais livro e menos bomba”.
Em São Paulo, estudantes da USP promoveram ato em solidariedade a professores do Rio. Dois grupos, com cerca de 300 pessoas, se reuniram na avenida Paulista e no Theatro Municipal, se encontraram na praça da República, em frente à Secretaria da Educação. Segundo o Diretório Central dos Estudantes Livre, a manifestação faz parte de um calendário de mobilização, que vai até quinta-feira (10), quando será realizada uma assembleia.
Houve confronto com a Polícia Militar na Praça da República, e duas agências bancárias e uma lanchonete foram depredadas na Avenida Ipiranga. Na mesma via, manifestantes colocaram fogo em sacos de lixo para bloquear a passagem. Um carro da polícia foi virado na Avenida Rio Branco.
As cenas de violência e confronto com a PM já haviam terminado por volta das 23h30, no Rio de Janeiro e em São Paulo, em um dos mais violentos protestos desde as manifestações do mês de junho.
Fim da greve
O Tribunal de Justiça do Rio negou ontem (7) o recurso do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) contra a liminar que obriga os professores da rede municipal a voltar ao trabalho, sob multa de R$ 200 mil por dia. A decisão autoriza a prefeitura a cortar o ponto dos docentes.
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