Meus caros, tem dias em que tenho de procurar assunto para escrever, mas hoje são tantos que não sei por onde começar. Duas lésbicas foram as primeiras a se casar em Washington, depois que a Suprema Corte americana autorizou o casamento de homossexuais na capital americana. Depois delas houve mais dois casamentos, todos sob forte esquema de segurança, pois havia o (fundado) receio de protestos, que não ocorreram. Mais um ponto para nós. Isso na mesma semana em que um juiz argentino anulou o primeiro casamento gay realizado em Buenos Aires, poucos dias depois da cerimônia, não deu nem tempo de varrer o arroz do chão. Os noivos já esperavam por isso, disseram, pois o debate sobre o assunto no país está quentíssimo, mas a anulação só será válida, ou não, depois que a sentença for examinada pela Suprema Corte. Pelo menos o casamento realizado ano passado, na província da Terra do Fogo, continua valendo, esse ninguém conseguiu anular.
Voltando aos Estados Unidos, Roy Ashburn, senador que por anos hostilizou as causas homossexuais no Congresso americano, foi flagrado dirigindo bêbado ao sair de um bar gay, e teve de confessar que é gay. Hipocrisia total, mas nós sabemos que muita gente vive e age assim: combate, até agride os homossexuais, por medo de se assumir. Quantos não haverá no Congresso brasileiro, muitos dos quais com a bíblia nas mãos.
E por falar em bíblia, hipocrisia, e nos perigos da homossexualidade reprimida, do Vaticano veio a notícia mais incrível: dois altos membros da administração da Santa Sé, “Cavaleiros de Sua Santidade”, foram flagrados praticando a má e velha corrupção na concessão de contratos para empreiteiras. A moeda de troca, muitas vezes, eram serviços sexuais oferecidos por uma rede de prostituição masculina. E o Papa nem é Bórgia, é só Bento. Enfim, não é a mídia que está delirando, é a verdade que está aparecendo. Homossexuais reprimidos sofrem, se corrompem, e causam um mal enorme ao mundo. É evidente o quão mais saudável é uma sociedade onde podemos existir sem medo.
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