Astrologicamente, a confluência de diversos aspectos explica a tragédia no Japão. O mapa da data do evento (11/3/2011) mostra o agrupamento de planetas em uma parte do céu (Sol, Marte, Urano e Quíron em Peixes, e Júpiter e Mercúrio nos primeiros graus de Áries) versus Saturno no signo oposto a Áries, Libra. Isso configura desarmonia e desequilíbrio.

Saturno está situado a 15 graus de Libra, começo do que se chama em Astrologia Horária de Via Combusta, uma seção do zodíaco que vai do meio de Libra ao meio de Escorpião e é considerada, para um trânsito planetário, imprevisível, instável e perigosa.

O ascendente do evento encontra-se em Leão; e o Sol, regente do ascendente, na oitava casa ligada à morte e à perda, junto com Marte (violência), Mercúrio e Urano (ligado a eventos súbitos). Por outro lado, Saturno (o cobrador) está na casa dois do mapa do Japão, ligada à riqueza da nação – a catástrofe deve custar aos cofres públicos japoneses mais de US$ 300 bilhões. A Lua, que em um mapa representa o povo, faz um quadrado (tensão) com Netuno e Quíron, planeta ligado ao sofrimento coletivo e à cura.

A entrada de Urano em Áries está ligada a terremotos. Isso aconteceu no dia do tremor, embora na hora exata do evento ainda estivesse em Peixes. Os reatores nucleares, que contêm urânio radiativo, estão sujeitos a altas temperaturas (Áries-fogo).

A data e hora de referência para o mapa astrológico do Japão é o da promulgação da chamada Constituição de Meiji, em 11/2/1889. É ainda preciso levar em conta os aspectos que Urano fazia no dia do terremoto e do tsunami e os dois eclipses que os precederam – o Eclipse Lunar de 21 de dezembro de 2010 e o Eclipse Solar de 4 de janeiro de 2011. No início do terremoto, Urano encontrava-se a 29 graus de Peixes, formando um semissextil com Netuno a 29 graus de Aquário. Considerando a natureza do evento: súbito e violento (Urano), começando no mar (Peixes, Netuno) e, em seguida, provocando fogo (Áries).

Acrescentando-se o fato de que esse é o último momento em que esses dois planetas fazem uma mútua aspectação, muito pode ser explicado. Mútua aspectação entre planetas é quando um ocupa o signo de regência do outro e vice-versa.

Outro fato interessante é que o eclipse total da Lua, ocorrido em 21 de dezembro de 2010, foi a 29 graus de Sagitário e de Gêmeos, formando um quadrado com Urano e um sextil com Netuno, e com Marte (impulso, agressividade) exaltado e forte em Capricórnio, acabando de sair de uma conjunção com Plutão (morte e transformação) e se aproximando a um quadrado com Saturno (o grande desestruturador). Os eclipses têm efeitos em longo prazo e este já apontava para os desastres que estavam por vir. Esse eclipse fez uma conjunção com a Lua (o povo) do mapa astrológico do Japão. O Eclipse Solar de 4 de janeiro de 2011 apresenta uma conjunção exata entre Júpiter e Urano, ampliando o poder destruidor deste último. Sol e Lua, em conjunção com Marte e Plutão em Capricórnio, anunciam agressividade e turbulência.

No dia 11, com relação ao mapa do Japão, a Lua (que desencadeia eventos) estava em conjunção com os planetas Netuno e Plutão. Nascido com uma conjunção entre Netuno e Plutão, o Japão parece destinado a viver fases de destruição e de profundas transformações (Plutão), envolvendo o mar (Netuno) e as profundezas da terra (Plutão). Hiroshima e Nagasaki e a constante possibilidade de terremotos que assolam o Japão podem ser explicados por aí. O medo crescente com relação às usinas nucleares de Fukushima mostra a ação da conjunção da Lua, em trânsito naquele dia com Plutão radical, provocando a perda de milhares de vidas. Também o Nodo Lunar Sul (ligado a desgraças e infortúnios) em trânsito estava em conjunção a Lua radical do Japão. O ascendente do mapa do terremoto-tsunami em Leão faz uma conjunção ao Saturno (estruturação/desestruturação/o senhor do Carma) do mapa do Japão. A posição de estrelas fixas no dia 11 também colabora para a densidade da tragédia: Scheat que prognostica catástrofes, especialmente ligadas à água, estava em conjunção com Urano e Deneb Kaitos, que traz infortúnio e mudança compulsória, em conjunção com Mercúrio.

Pode não ser o fim do mundo, mas quem sabe um novo começo para uma grande parcela de japoneses, além de uma nova visão sobre as usinas nucleares e sua segurança para o mundo todo.


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