O ativismo dos vazamentos de informações

O termo vazamento de informações tem aparecido de forma recorrente nos noticiários: publicação de ligações presidenciais, conteúdos sigilosos de delações premiadas, descoberta de escuta na sala de ministro da mais alta corte do Judiciário, revelação de que o presidente interino, Michel Temer, teria sido informante dos EUA e até mesmo gravação do ministro do Planejamento arquitetando o impeachment de Dilma Rousseff para impedir a continuidade das investigações da Lava Jato. Os acontecimentos políticos revelam elementos de novela policial, em que parece haver uma busca por verdades escondidas que vão exibir os culpados por trás da atual crise política brasileira.

Um vazamento pode decorrer de falhas sistêmicas ou mesmo negligência nas operações de segurança da informação. No ano de 2015, por exemplo, o Twitter experimentou uma queda de quase 20% nas suas ações na bolsa de valores depois que seu balanço comercial vazou antes do horário previsto, ficando disponível por 45 segundos online por um erro operacional da Nasdaq.

Ataques a bancos de dados em busca de informações para fins ilícitos também ocorrem com bastante frequência. O vazamento de 10 GB de dados dos usuários do site de relacionamentos extraconjugais Ashley Madison chamou a atenção para o impacto que a insegurança de um sistema de informações pode gerar, não apenas para a imagem da empresa como para a vida pessoal de seus usuários, que chegaram a ser chantageados para realizarem pagamentos em troca do sigilo de suas informações.

Por fim, há os vazamentos ativistas, nos quais informações são reveladas, em grande parte, com o intuito de incentivar a transparência de instituições. Esse tipo de vazamento, via whistleblowers – em português, delatores ou informantes –, tem se tornado recorrente. Edward Snowden, Julian
Assange, Chelsea Manning e, mais recentemente, John Doe (nome equivalente a Fulano, em português) estão entre as figuras mais conhecidas que utilizaram a tecnologia como forma de delatar os abusos a direitos humanos e atividades ilegais que afetam o interesse público.

Leia a reportagem completa na edição 108 da Revista Brasileiros, nas bancas a partir desta sexta-feira, 15 de julho.


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