Queridos, o filme Estamos Juntos já está há alguns dias em cartaz, mas só tive minha chance ontem: Cauã Reymond não é apenas lindo: também é excelente ator, e beija outro homem com boa desenvoltura, quase matou-me de arritmia cardíaca na plateia. Nunca escondi minha paixão pelo belo rapaz, que com justiça dá nome ao Mal de Reymond, síndrome quase fatal, que pode fazer qualquer um desfalecer aos pés dele se encontrá-lo cara a cara. Já aconteceu comigo, não vou descrever de novo, aqui vai o link. Ele vive um gay no filme, e confesso que temi pela mediocridade ao ler a sinopse, por isso só fui ver ontem. Temi, e não estava exatamente errado, não é um filmão, jamais marcará a história, senão pelos segundos em que o Deus beija a boca de outro homem, alimentando meus (seus?) sonhos por muito tempo. Sei bem que não é fácil para um ator hétero até a medula como ele, viver um gay sem cair no estereótipo fácil e ridículo. Em filmes recentes, lembro do bárbaro Murilo Rosa, brilhante, divertidamente afetado, no (chatérrimo) filme Como Esquecer, que tem até mesmo um nu frontal de Pierre Baitelli, mas no qual Ana Paula Arósio vive uma sapatão tão pesada que dá medo. Em Hollywood, Heath Ledger, Jake Gyllenhaal, o testosterônico Sean Penn, e o fofo James Franco, respectivamente em O Segredo de Brokeback Mountain e Milk, para não esquecer de Ewan McGregor, Jim Carrey e Collin Firth, que deram banhos de profissionalismo como gays, na mesma situação.
Por que razão é tão difícil para um ator viver um homossexual? Medo, é óbvio, de literalmente queimar o próprio filme, sua reputação. Na televisão, já nem me forço mais a ver o ridículo Macho Men, com a sempre excelente Marisa Orth honrando a reputação, mas Jorge Fernando, gay notório, fazendo papel de palhaço, com trejeitos de bicha escandalosa que nem travestis da Baixa Augusta ousariam. Perda de tempo, mas em horário nobre da televisão, multiplicando a ideia de que somos todos como ele. Cauã dá de dez, com um jogar de mãos e ombros que entregam a homossexualidade, mas não caem no ridículo, e seduz até prego de aço com seus olhares, mas não vou entregar mais do filme, que, mal ou bem, merece ser visto, vocês podem gostar. Abraço do Cavalcanti.
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