Em 2009, a revista britânica The Economist trazia na capa o Cristo Redentor na forma de um foguete, prestes a levantar voo, com o título “Brasil takes off“ (ou “Brasil decola”).
Há duas horas, na conta de facebook da revista, foram anunciadas as capas da edição que chega às bancas no dia 28 de setembro. E se no mundo todo a publicação trata do terrorismo, na América Latina e Ásia o destaque é o caderno de 14 páginas falando sobre a economia brasileira. “Has Brazil blown it?” (ou “O Brasil estragou tudo?”) com o Cristo em trajetória de queda.
Na reportagem, a revista trata as manifestações de junho como consequência do alto custo de vida do País. Não é a primeira vez que a revista critica a economia brasileira. Em junho, chamou de “medíocre” o desempenho da País desde 2011 e ironizou a permanência do ministro Guido Mantega no cargo.
A capa vem depois do discurso que a presidenta Dilma Rousseff fez na Assembleia Geral da ONU, em que criticou duramente o sistema de espionagem internacional implantado pelos EUA e revelado pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden, através do jornalista Gleen Greenwald. As denúncias mostraram que os dados de Dilma estariam sendo monitorados, além das informações sobre a Petrobras, por a empresa estatal ter “papel estratégico na América Latina”. A revista Forbes publicou artigo polemizando: “Uma Petrobras enfraquecida significa um Brasil enfraquecido, o que significa uma América do Sul menos estável. Isso não é diretamente ligado à NSA?”. Além disso, durante a assembleia, a presidenta afirmou que as políticas monetárias dos grandes países encurralam os emergentes (leia).
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