O Brasil na Taça Libertadores

Estão definidos os confrontos da fase final da Taça Libertadores da América, o mais importante torneio do nosso continente. Dos seis brasileiros que entraram na fase de grupos, apenas o Flamengo não ficou entre os dois mais bem classificados de seu grupo e, consequentemente, não avançou as oitavas-de-final. Abaixo, analisamos a vida dos clubes nacionais até a grande final.

FLUMINENSE – O tricolor carioca deu show na fase inicial da Libertadores e se classificou em primeiro no geral, lhe garantindo o direito de enfrentar, de cara, o time que fez a pior campanha entre os 16 classificados. Nas seis partidas, o Flu ganhou cinco e perdeu apenas para o poderoso Boca Juniors, da Argentina. Apesar de uma única derrota, ela acendeu um sinal de alerta nas Laranjeiras, já que a equipe jogou muito mal e em casa.

O Fluminense pega nas oitavas o Internacional de Porto Algre, que apesar de viver momento insatável, é uma pedreira, que sabe, como poucos brasileiros, jogar a Libertadores. O vencedor desse confronto teria, muito provavelmente, o Boca Juniors pela frente, duelo dificílimo. Também na chave estão os chilenos da Universidad do Chile, grande sensação continental no ano passado, mas que anda inconstante em 2012.

INTERNACIONAL – Cotado como favoritíssimo do grupo 1 junto com o Santos, o Inter tropeçou em jogos fáceis, se não fosse pela ajuda de Neymar e companhia, ficaria de fora da fase final. Na última partida, os colorados perderam para o inexpressivo Juan Aurich e só passaram graças a vitória do peixe em cima do The Strongest.

O time de Leandro Damião terminou a fase de grupos com campanha medíocre, duas vitórias, dois empates, duas derrotas e oito pontos somados. Só para efeito de comparação, o Defensor do Uruguai, que estava no grupo 7, terminou a competição com nove pontos, mas na terceira posição em seu grupo e foi desclassificado.

Grande parte da queda brusca de rendimento se deve a batalha judicial que Inter e seu grande maestro do meio campo, Oscar, enfrentam contra o São Paulo. Oscar foi formado pelo clube paulista, porém, conseguiu se desvincular, também na justiça, há dois anos atrás, afirmando que havia sido forçado a se emancipar para assinar um contrato adulto. O Tricolor do Morumbi movia processo desde então, mas só agora a justiça definiu o caso e exigiu a volta de Oscar. O meia afirma que não volta, o São Paulo diz não abrir mão e os gaúchos tentam um acordo. Enquanto isso, Oscar está sem jogar, um grande desfalque em fase decisiva.

SANTOS – Os atuais campeões do torneio continental seguem em alta. Se classificaram sem muitos problemas, na liderança do grupo 1,vencendo quatro dos seis jogos. Esse ano, o título teria um gostinho especial, já que a equipe da baixada completa 100 anos de muitas glórias.

O Bolívar é o primeiro adversário do Santos no mata-mata e, apesar de ser do fraco futebol boliviano, não pode ser subestimado. Na primeira fase, os bolivianos mostraram um futebol eficiente e objetivo. Nas quartas-de-final, o Peixe pode encarar o Velez. Na semi-final, existe possibilidade de um duelo brasileiro contra Corinthians ou Vasco.

CORINTHIANS – Se para todos a Libertadores é um sonho, para o Corinthians e para sua apaixonada torcida, já se tornou uma obsessão. Único dos quatro grandes de São Paulo sem o troféu em sua galeria, Tite sabe que uma desclassificação prematura pode causar protestos fortes por parte dos torcedores. O Timão parece estar no caminho certo, é o único time invicto, jogou a primeira fase de forma consistente. Muitas vezes sem brilhar, alcançou o resultado. No último antes das oitavas, aplicou sonora goleada sobre o Deportivo tachira, 6×0 e se credenciou de vez como um dos fortes candidatos ao título.

Os alvinegros enfrentam agora o perigoso Emelec, que estava no grupo do desclassificado Flamengo. Passando de fase, o corinthians poderá ter pela frente só brasileiros: Vasco nas quartas, Santos na semi e Flu ou Inter na final.

VASCO – Entre os brasileiros na edição 2012 sa Libertadores, o Vasco é o que estava mais tempo sem participar da competição, a última vez havia acontecido em 2001, quando fez campanha impecável, com oito vitórias em oito jogos, até a desclassificação nas quartas-de-final pelo Boca Juniors.

Os cariocas foram bem na fase de grupos, se classificaram atrás do Libertad, mas com o mesmo número de pontos, vitórias, empates, derrotas e até saldo de gols, foram perder apenas no número de gols marcados. Um pena, já que evitariam o chato Lanús, da Argentina, para pegar os mexicanos do Cruz Azul.

O Vasco vive uma grande contradição: seus grandes trunfos são também seu maior defeito. O experiente setor de meio campo tem Juninho Pernambucano e Felipe como destaques, porém, é raro os dois participarem de uma grande sequencia de jogos, já que, fisicamente, têm limitações. Quanto a parte técnica, é muito claro que se tratam de dois craques e aí que mora o perigo, depender tanto de dois jogadores que podem não estar sempre a disposição do treinador Cristovão Borges.

Confira a tabela completa:


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