O Brasil parou na segunda-feira

foto Luiza Sigulem

O Brasil parou na noite de ontem, 18 de junho. Protestos ocuparam grandes capitais do País, porém, com intensidades diferentes.

No Rio de Janeiro, que registrou a maior manifestação do dia, calcula-se que algo em torno de 100 mil pessoas foram as ruas. Pacífico até boa parte, por volta das 20h manifestantes e policiais acabaram entrando em confronto quando uma pequena parte do todo se dirigiu para a Assembleia Legislativa e tentou invadir o local. Muito gás de pimenta, bombas e caos no entorno na sede da Alerj. Um carro chegou a ser incendiado na região. Após muito quebra-quebra, a manifestação mais violenta foi contida. No restante da cidade os protesto aconteceram de forma pacífica, sem qualquer registro de violência, tanto por parte da polícia quanto dos manifestantes.

Proibidas (pelo menos temporariamente) em São Paulo, as bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha marcaram os protestos e o corpo dos populares nas manifestações em Belo Horizonte. Lá, aproximadamente 20 mil pessoas se reuniram para protestar nas ruas. O Mineirão, estádio sede da Copa do Mundo e da Copa das Confederações, estava com uma forte proteção policial, furada por alguns manifestantes. Nesse momento, a polícia não quis saber de conversa e abriu fogo contra os manifestantes. A correria foi grande e a confusão se instaurou por um instante. Nas redes sociais, outros manifestantes disseram ter sido alvos da polícia que, segundo eles, não economizou nas balas de borracha e acabou ferindo algumas pessoas, na região da Lagoa da Pampulha.

Em Brasília o protesto também foi marcado por violência. A sede do Congresso Nacional foi tomada por 10 mil manifestantes que, pacificamente, entoaram coros de ordem, principalmente contra os gastos públicos abusivos nas obras das Copas do Mundo e  das Confederações. Alguns manifestantes invadiram o espelho d’água e acabaram jogando água nos policias que tentavam retirá-los. A resposta foi dura: spray de pimenta, cacetetes e balas de borracha. A PM informou que duas pessoas foram presas.

Mais prisões em Curitiba, pelo menos seis. Das 10 mil pessoas presentes no protesto, segundo a polícia, um pequeno grupo ao final das manifestações seguiu para o Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense e forçou a entrada. A tropa de choque respondeu e conteve a investida, detendo alguns deles.

Em Porto Alegre os protestos começaram pacíficos, porém, ao longo da caminhada, após alguns manifestantes se desgarrarem do trajeto pré-estabelecido, a situação acabou ficando tensa e alguns incidentes foram registrados. Por volta das 22h, um ônibus foi incendiado na Avenida João Pessoa, que não fazia parte da rota. Um batalhão do grupo especial da PM chegou ao local e o confronto aconteceu. Alguns manifestantes se feriram, sem maior gravidade. O restante da manifestação ocorreu de maneira pacífica e estima-se que 10 mil pessoas tenham participado.


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